HyperX Cloud Orbit: headset surpreende com tecnologia de som 3D

Em parceria com especialistas em áudio, a HyperX dá o seu primeiro passo na construção de um fone de ouvido de última geração
Rene Ribeiro27/01/2020 20h05, atualizada em 29/01/2020 16h01

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O avanço da tecnologia está oferecendo experiências cada vez mais imersivas. E quando se trata de jogos, isso é cada vez mais presente. É o caso do review do produto de hoje, o headset Cloud Orbit, da HyperX.

O Orbit usa duas tecnologias patenteadas pela Waves Nx e pela Audeze. A primeira usa uma técnica para reproduzir áudio 3D, em 7.1 (7 canais de frequências e 1 mais grave, como se fosse um sub-woofer).

Isso é feito por meio de software mais os alto-falantes de 100 mm cada um. Já a Audeze criou um sistema nos alto-falantes em que existem dois ímãs em cada um (nos sistemas tradicionais o alto-falante utiliza apenas um ímã para vibrar). Entre esses dois ímãs existe uma membrana com filamentos elétricos.

Quando o sinal de áudio é gerado, ele passa por esses filamentos e cria um campo magnético que interage com o campo dos imãs. Desta forma, essa membrana é movimentada para frente e para trás, mas em intensidades diferentes. E o resultado é uma experiência mais intensa e precisa de cada frequência de som.

Dito isso, vamos ao que senti realmente ao usar o Cloud Orbit.

Headset Cloud Orbit: Design, acabamento e acessórios

Na caixa, o fone de ouvido vem com todos os cabos que você precisa para conectar a praticamente todos os dispositivos. Há um cabo USB-C, um cabo de 3,5 mm (P2) e um cabo USB. Há também uma bolsa de transporte que é muito conveniente para proteger o fone, principalmente as espumas dos alto-falantes.

Reprodução

Em termos de design, o Cloud Orbit é muito semelhante ao HyperX Cloud Mix, o qual já fiz um review. Ele usa fones de ouvido grandes, planos e ovais, cobertos com plástico preto fosco com logotipos HyperX prateados nas costas de cada painel. Apesar de parecido, o Cloud Orbit tem detalhes mais modernos, como o plástico que recobre os alto-falantes todo inteiriço, sem emendas e também todo fosco, o que dá um aspecto moderno.

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O arco, que passa pela cabeça, também é de plástico muito resistente e ainda passa por dentro de outro arco de resina. Na parte interna, a que fica apoiada na cabeça, há uma espuma recoberta por couro sintético para maior conforto. O arco, apesar de resistente, é flexível para que ofereça boa pressão na cabeça.

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Para mim, achei que a pressão exercida nos lados da cabeça poderia ser um pouco menor. Mas a melhor parte é que os alto-falantes cobrem a orelhas de forma inteira e essa pressão ajuda muito a isolar sons externos. As espumas que rodeiam os alto-falantes também são muito confortáveis, o que ajuda a aliviar o uso por um longo período.

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Os três cabos que acompanham o produto são destacáveis e revestidos por nylon trançado, o que também oferece muita resistência. Interessante dizer que, além de PC, o Cloud Orbit também é compatível com PS4, Xbox One, Nintendo Switch e também com smartphones. E por isso, o comprimento dos cabos é importante, principalmente o de ponta USB, o qual pode ser ligado a videogames e, portanto, ficam mais distante da TV e console.

O Cabo USB tem três metros de comprimento, o que é muito bom para quem vai usar em um console de videogame. O cabo P2 tem 1,2 metro e o Cabo com duas pontas USB-C tem 1,5 metro. O Cloud Orbit tem botões de volume de áudio e volume de microfone. Ficam bem próximos um do outro e bem posicionados para serem manipulados pelo polegar.

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No corpo do alto-falante esquerdo, há três botões: um para desligar o microfone, o que é bem prático; o segundo para ligar e desligar os fones e um último para ativar o áudio 3D.

O microfone é destacável e tem uma haste flexível, oferecendo assim muitas opções de posicioná-lo da maneira mais confortável possível. Aliás, a qualidade de áudio do microfone é muito boa, com bastante nitidez na voz e bloqueio dos ruídos externos. Pude verificar isso com outra pessoa testando o Orbit em um notebook enquanto eu falava em outra máquina.

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Como funciona o Efeito 3D do HyperX Cloud Orbit

Como dito na introdução deste review, a tecnologia da Audeze utiliza uma membrana em volta dos drivers que vibra de acordo com o ambiente do jogo. Para que esse efeito funcione, é necessário que a membrana esteja energizada. Portanto, quando o Cloud Orbit estiver conectado via USB, esse efeito funciona normalmente, pois a USB transmite o aúdio e também fornece a energia necessária.

Mas e quando está conectado via P2? A HyperX pensou nisso, e o Cloud Orbit, quando não conectado a uma fonte, utiliza uma bateria. Portanto, mesmo usando o headset em um smartphone, o efeito 3D vai funcionar. Desde que o jogo tenha um bom desenvolvimento na parte de áudio, logicamente, você vai vivenciar uma boa experiência.

Enquanto estiver usando cabo USB ou USB-C, a bateria é recarregada. E, quando se utiliza o Cloud Orbit em P2, a duração de bateria pode passar das 10 horas de uso e garantir o efeito 3D por esse tempo.

HyperX Cloud Orbit: desempenho nos jogos

Essa é a parte em que eu coloquei à prova esse headset da HyperX. E digo, sem suspense, que foi um dos melhores headsets que pude experimentar para jogos. Em um PC, testei com ‘Shadow of the Tomb Raider’ e com ‘Wolfenstein II: The New Colossus’.

Os efeitos 3D em ‘Tomb Raider’ eram excelentes. Era possível distinguir animais trotando na grama, na terra e também de que lado estava vindo o som, de acordo como eu movia a Lara Croft. Estalos de galhos, barulho de uma fogueira queimando gravetos, falas dos personagens em volta e gritos de outras feras (dependendo do cenário e fase) eram incrivelmente nítidos, além de “sentir” a distância em que estavam. Esse recurso realmente aumenta muito a sensação de realidade no jogo.

Em ‘Wolfenstein II’, a sensação também foi a mesma. Era possível ouvir os tiros que passavam pela esquerda e direita, além do áudio produzido pelo cenário, que era perceptível de vários ângulos, de acordo com os movimentos do personagem. Bom dizer que, para os efeitos funcionarem 100%, logicamente depende de uma boa produção do áudio pelo desenvolvedor ou produtora do jogo  também. Mas isso está implícito nos jogos atuais.

HyperX Cloud Orbit: software de configuração

O software de configuração não é obrigatório, mas ajuda a incrementar alguns efeitos. O software Orbit calibra o fone de ouvido de acordo com o tamanho da cabeça e o ruído ambiente. Você também pode ativar ou desativar o áudio 3D ou configurá-lo para ‘automático’.

Também, há perfis de som embutidos no software que podem ser definidos para uso em diferentes jogos ou cenários. Por exemplo, definir o perfil de som como Ballistic fornece mais graves, o que é útil para jogos em primeira pessoa, pois você pode ouvir de onde vêm todas as explosões.

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Esse software é baixado no site da empresa, porém, só funciona em PCs. Em consoles de videogame é preciso ativar o som 3D e o surround 7.1 pelos botões do headset. A parte boa é que o Orbit “fala” em seu ouvido o que você está configurando.

Por exemplo, ao pressionar o botão de volume e mantê-lo assim, o Orbit pronuncia se o fone está em modo estéreo, fone comum ou surround 7.1. O mesmo acontece com o 3D, que tem um botão específico para ativar a função.

HyperX Cloud Orbit: conclusão e considerações

Em vez de projetar um design diferente, a HyperX manteve quase o mesmo desenho de headsets anteriores da marca, incluindo tecnologias de áudio existentes, licenciamento e parceria com duas empresas. E assim, conseguiram projetar um headset com design discreto, porém confortável, resistente, com um toque único da marca e com um áudio da melhor qualidade (que já pude ouvir).

Talvez o ponto fraco seja o fato de não ter bluetooth. Porém, creio que, além de encarecer o produto, isso não seja tão importante para jogos, já que sempre pode haver atrasos e falta de sincronia do som e imagem. Quanto ao preço, a média fica em torno de R$ 1.600 em sites de e-commerce brasileiros.

Pode ser caro, mas a HyperX está ousando mais em seus fones para jogos e dando seu primeiro grande passo no mercado de fones de ouvido de última geração. Particularmente, gostei da qualidade física do produto, assim como a qualidade sonora que, realmente, surpreendeu.

Pontos fortes:

  • Efeitos 3D muito nítidos, imersão nos jogos é ótima;
  • Graves fortes, sem distorção, permitem ótima imersão nos jogos;
  • Pode ser usado em videogames e PC;
  • Compatível com conectores P2, USB e USB-C;
    • Construção sólida e confortável.

Pontos fracos:

  • Preço;
  • Ajustes de software não podem ser utilizados em videogames.

Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital