Hands-on do Xiaomi Redmi Note 7: ótimo custo-benefício

Testamos o Xiaomi Redmi Note 7 no MWC 2019 e o resultado impressiona
Redação27/02/2019 12h17, atualizada em 27/02/2019 16h15

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Em 2019, quando todas as fabricantes estão aumentando o preço dos smartphones, a Xiaomi adota uma postura muito agressiva. A empresa acaba de anunciar o Mi Mix 3 5G, o celular com tecnologia de Internet de 5ª geração mais barato do mercado mobile. Mas este talvez não tenha sido o smartphone com o menor custo do mercado.

No início de janeiro, a Xiaomi lançou o Redmi Note 7, um aparelho com uma câmera de super resolução e um muito honesto. O aparelho chegou ao mercado chinês a partir de 550 reais e, depois de testar o Redmi Note 7, posso dizer que é quase surreal o fato da Xiaomi conseguir atingir um preço tão baixo para um aparelho tão bom.

O Redmi Note 7 se sente muito bem nas mãos

Há muito tempo não usava um smartphone da Xiaomi, e fiquei muito satisfeita com o que vi no Mi MIx 3 5G e Mi 9. A empresa se preocupa com o acabamento, possui um design consistente e os pequenos detalhes como usar uma traseira transparente colocam a fabricante chinesa em um nível superior quando comparada às concorrentes.

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Por isso, quando peguei o Redmi Note 7 nas mãos, a sensação que tive não foi de ter um smartphone de 500 reais nas mãos, mas um aparelho com qualidade Premium. Apesar da bateria de 4.000mAh, o Note 7 é leve para um smartphone tão grande.

O aparelho foi construído com vidro Gorilla Glass, na parte da frente e na parte de trás, e a tela possui 6,3 polegadas, com resolução Full HD+. As cores da MIUI não fazem jus à qualidade da tela, mas quando colocamos um vídeo para tocar, percebemos que este é um ótimo aparelho para o consumo de mídias. O entalhe em forma de gota é sutil e, definitivamente, menos invasivo do que aquele que temos no iPhone X, no Zenfone 5 ou no Motorola One.

A fabricante manteve a entrada P2 para os fones de ouvido, mesmo tendo um entrada USB Tipo-C, adicionou um sensor de infravermelho, e colocou um LED de notificações na parte inferior do dispositivo. Ou seja, tudo está lá!

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O aparelho não possui certificação de resistência à água, mas foi construído com proteções nas aberturas contra respingos. Bom, nem tudo pode ser perfeito.

Apesar de parecer metálica, a moldura do Redmi Note 7 é de plástico, mas a Xiaomi fez um bom trabalho neste sentido, pois o aparelho possui uma excelente pegada e se sente muito bem nas mãos.

A câmera é o destaque do Redmi Note 7

É claro que durante uma feira de tecnologia como o MWC, é difícil ter uma opinião concreta sobre um smartphone, especialmente quando este aparelho está preso por um cabo de segurança. Contudo, o sensor de 48MP da Samsung foi capaz de fazer imagens realmente boas. Como temos duas lentes na câmera principal, é possível usar o modo retrato pleno e as correções via Inteligência Artificial pareceram fazer um bom trabalho.

Já havia falado sobre isso antes, mas vale a pena repetir. O Redmi Note 7 possui uma câmera de 48MP e é embalado pelo processador Snapdragon 660, que não oferece suporte para tanto. No papel, este chip da Qualcomm suporta lentes de até 25MP, mas a Xiaomi encontrou uma solução para este inconveniente e possibilita o uso da resolução de 48MP no modo Pro.

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No modo automático, no entanto, a câmera usa apenas 12MP. Isso acontece porque a câmera principal usa o recurso conhecido como “pixel binning” para otimizar as imagens, que aumenta efetivamente o tamanho do pixel combinando os dados brutos de quatro pixels em um. Desta forma, a imagem final é de uma resolução mais alta, pois capturou uma quantidade maior de luz e também reduziu mais ruído.

A câmera traseira possui Estabilizador de Imagem Eletrônico (EIS), mas não oferece suporte para vídeos em 4k, apenas 1080p a 30fps e 1080p a 60fps.

Em comparação ao modelo anterior, a câmera frontal teve uma diminuição na resolução do sensor, que passou de 20MP para 13MP no Redmi Note 7. Porém, isso não interferiu na qualidade das selfies.

O Redmi Note 7 é recheado de bons componentes

O Redmi Note 7 possui o melhor processador da categoria, o Snapdragon 660. Durante meus testes, tive um congelamento da câmera, mas isso não deve contar, visto que o aparelho que usei está em exposição há três dias.

Mesmo correndo o risco de ser muito criticada pelos fãs da Xiaomi, preciso dizer no entanto, que a MIUI precisa de uma boa dose de personalização para ficar boa. As cores não me agradam e os ícones parecem, por vezes, mal desenhados. Contudo, estamos falando da Xiaomi e do Android, sistemas operacionais extremamente personalizáveis. Logo, isso não é necessariamente um problema.

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Como disse acima, a bateria possui a mesma capacidade de 4000mAh de outros modelos da série, mas agora oferece suporte carregamento rápido a 18 Watt. Contudo, na caixa, temos um carregador normal de 10 Watt; em outras palavras, para contar com este recurso, será preciso comprar um adaptador extra compatível com a tecnologia de carregamento rápido. A boa notícia, no entanto, é que a Xiaomi oferece o adaptador de 18 Watt por um preço irrisório.

Em relação à performance em jogos, à primeira vista, o aparelho se saiu muito bem, sem engasgos ou perda de frames. Porém, é preciso dizer que, no modo de jogo, a tela não foi usada de borda à borda, pois uma tarja preta foi acionada para esconder o entalhe em gota. Até o momento não ficou bem claro se isso é uma questão de adaptação do próprio jogo ou do sistema operacional do aparelho.

Você confere a lista de especificações técnicas aqui.

Redmi Note 7 seria uma boa nova para mercado brasileiro

O Redmi Note 7 possui um design de smartphone Premium, tela de qualidade com entalhe sutil, uma câmera de 48MP quase exclusiva e o melhor processador da categoria. Sinceramente, o que mais podemos exigir de um celular com preço equivalente a R$ 550,00?

A Xiaomi passou a oferecer alguns smartphones no Brasil através da parceria com a DL Eletrônicos, mas no momento, apenas o Pocophone F1 e o Redmi Note 6 Pro chegarão às lojas. Essa informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da DL ao Olhar Digital.

É claro que, mesmo chegando ao país em algum momento, o preço do aparelho convertido para reais não deverá oferecer as mesmas vantagens no Brasil. Contudo, este cenário internacional poderá forçar o mercado interno a baixar os preços ou mesmo a aumentar a barra de qualidade dos produtos vendidos no varejo nacional. Caso contrário, nem as imposições da Anatel em relação à certificação dos smartphones chineses irá conter a onda de importação deste tipo de produto.

Por fim, neste momento, os smartphones de qualidade e acessíveis no país estão acima dos mil reais. Talvez, aparelhos como o Redmi Note 7, possam ajudar a melhorar esse cenário. O que seria, inclusive, importante para diminuir o nosso “gap” tecnológico entre as classes sociais no Brasil.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital