Google Pixel 3: a primeira impressão é super positiva

Redação11/11/2018 15h50, atualizada em 11/11/2018 19h30

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Depois de muito tempo usando smartphones com software modificado, resolvi voltar ao Android puro. Nesta semana, chegou meu Google Pixel 3 e a minha primeira impressão sobre o dispositivo não podia ser melhor.

Apanhando do software

Utilizo o Galaxy S8 há pouco mais de um ano, e a experiência com o software, apesar de baseado no Android 8 Oreo, é muito diferente do Android 9 Pie rodando no Google Pixel 3. A última versão do software da Google muda completamente a forma como navegamos pelo sistema.

Assim, no Google Pixel, os botões de navegação foram substituídos por um sistema de gestos. Para acessar os aplicativos recentes, por exemplo, deslizamos o dedo sobre a barra de navegação, ou mesmo de cima para baixo, pois antes de abrir a gaveta de apps, vemos a lista de apps recentemente abertos. Essa mudança foi bem inteligente, pois na maior parte das vezes, usamos os mesmos aplicativos.

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Apesar do pouco tempo de uso, não é errado dizer que o Google Pixel 3 é o smartphone mais inteligente que já usei.

Também fica bem clara a intenção do Google de facilitar o acesso ao seu assistente virtual, existem atalhos por todos os lados. Assim como na geração anterior, ao fazer pressão com a mão nas laterais do aparelho, aciona o Assistente rapidamente. Apesar de ter achado essa função um incremento superficial quando testei o HTC U11, estou realmente surpresa com a rapidez com que funciona no Pixel 3. Mesmo com a tela desligada, basta apertar o aparelho e o Assistente já começa a ouvir.

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O que mais me chamou a atenção até o momento é que todas as mudanças trazidas pelo Android 9 Pie deixaram a experiência com o Pixel 3 muito mais perto daquilo que temos hoje nos iPhones, da Apple, do que, por exemplo, com a que temos no Galaxy S8, da Samsung. Porém, é preciso esperar a chegada do Android 9 ao S8 ou ao S9 para se ter uma ideia melhor de como seria a navegação no sistema com a versão Pie.

Bem desenhado, mas não é um Infinity Display

Não sou uma grande fã design da linha Pixel, por isso, optei pelo modelo preto para não estranhar muito a mudança em relação ao Galaxy S8. O Pixel 3 cabe muito bem nas mãos, assim como o meu S8. O fato dos botões físicos estarem muito próximos do polegar é muito bom, e usar o sensor de impressão digital nunca foi tão fácil.

Apesar da tela ser plana, as bordas laterais não me causaram estranheza, mas as bordas superior e inferior são realmente maiores do que eu esperava. Porém, o tamanho é justificado pela qualidade dos alto-falantes stereos e, claro, pela lente dupla da câmera frontal que faz um trabalho extraordinário.

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É muito fácil para mim perceber a sintonia do hardware e com o software na linha Pixel, o que realmente não acontece com o meu S8, visto que mal uso o sensor de impressão por conta da má localização, ou mesmo tenho desativado o botão da Bixby por não ser um serviço funcional.

Logo, o que o Pixel 3 não tem de bonito, tem de funcional. E isso se mostrou muito importante.

As câmeras são a cereja do bolo

Quando comprei o Pixel 3, é claro que levei em consideração o fato do Google ter construído uma das melhores câmeras em um dispositivo móvel. Contudo, ainda assim tive uma bela surpresa ao testar, em especial, a câmera frontal. O modo retrato é realmente impressionante, bem como a luminosidade das imagens em ambientes escuros.

Assim como na geração passada, os novos Pixel contam com um chip exclusivo do Google para o processamento de imagem, o Pixel Visual Core. Desta forma, a empresa se posiciona a frente em relação ao uso de aprendizagem de máquina, e torna possível o uso da inteligência artificial (AI) em recursos como o modo Retrato e o Super Res Zoom.

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Os recursos inteligentes da câmera também são uma mão na roda. O reconhecimento de endereços, de emails ou de números de telefone é super rápido e funcionou em todos os meus testes. E isso ocorre automaticamente, sem a necessidade de abrir o Google Lens. Contudo, na hora de copiar textos, como as senhas de wi-fi, precisei usar o Lens. Mas o fato da câmera reconhecer de forma automática o que está no quadro da imagem é muito útil.

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A primeira impressão é super positiva

A série Pixel não é apenas uma forma da Google apresentar ao mundo as novidades do software Android, pois já é uma linha consolidada entre os smartphones Premium. Tanto o Pixel 3 quanto o Pixel 3 XL são realmente caros e, por isso, algumas escolhas da Google, como os fones de ouvido que vêm na caixa, poderiam ter sido melhores.

A tela de 5,5 polegadas, OLED, com resolução Full HD e sem notch faz um bom trabalho. O processador Snapdragon 845 e os 4GB de RAM entregam uma performance excelente. Além disso, o aparelho é resistente à água (IP68) e é um dos primeiros a receber os updates do software. Isso tudo já garante ao Pixel 3 um grande conjunto de hardware e software.

Minhas primeiras impressões sobre o Google Pixel 3, depois de quatro anos sem usar o Android puro, são muito positivas. O motivo disso é que tudo funciona. Desde o uso do assistente em português aos recursos da câmera. E isso não era muito comum entre os Nexus.

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Todo o investimento em AI da Google dão ao Pixel uma vantagem em relação aos concorrentes, e facilitam muito o dia-a-dia dos usuários. É claro que não me impressiona a qualidade do dispositivo, afinal de contas, os componentes internos e o preço do Pixel 3 precisam ser justificados. O que me surpreendeu mesmo foi ver a consistência deste aparelho, que realmente aproxima a Google da sua maior concorrente, a Apple.

Contudo, para o bom funcionamento do Pixel 3 também é preciso dar uma série de permissões de acesso ao Google. Quanto mais informações sobre você forem compartilhadas com com a empresa, mais funcionais serão os serviços. Logo, se a privacidade é algo realmente importante para você, certamente este não é o aparelho ideal para você.

Passei apenas 48 horas usando o aparelho, logo, ainda é cedo para muitas afirmações. Entretanto, posso dizer que o Pixel 3 é inteligente em todos os sentidos, não só no nome.

Como Pixel 3 não é vendido no Brasil, para comprá-lo é preciso importar. O aparelho custa a partir de 799 dólares (aproximadamente 2.983,29 reais, sem taxas). Já a versão XL pode ser comprada a partir de 899 dólares (aproximadamente 3.356,67 reais, sem taxas).

Google Pixel 3: especificações técnicas

  • Tela OLED de 5,5 polegadas com resolução FHD+ (2220 x 1080 pixels), 443ppi

  • Android 9 Pie

  • Processador Snapdragon 845

  • GPU Adreno 630

  • 4GB de RAM

  • 64/128GB de armazenamento interno

  • Câmera principal de 12,2 MP (abertura de f/1.8)

  • Câmera frontal dupla de 8 MP (abertura de f/1.8) + 8 MP (Wide com abertura de f/2.2)

  • Leitor de impressões digitais na parte traseira

  • Bluetooth 5

  • Bateria de 2.915mAh

  • Certificação IP68

E aí, o que você acha do Google Pixel 3?

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital