O braço filantrópico o Google, o Google.org, anunciou ontem doações no total de US$ 2,35 milhões para grupos comunitários voltados para o combate ao racismo e para a justiça racial nos Estados Unidos. Os grupos contemplados eram todos da região metropolitana de San Francisco, na Califórnia.
Segundo Justin Steele, que lidera o Google.org na região, essas doações são “parte de um esforço maior que deve continuar ao longo do próximo ano”. “Esperamos poder construir em cima disso e contribuir ao movimento pela justiça racial”, completou.
Ao todo, a instituição Ella Baker receberá US$ 1 milhão. Desse valor, US$ 500 mil irão para um projeto que criará um aplicativo para ajudar a denunciar abusos policiais, e a outra metade para um programa que auxilia ex-detentos a buscar empregos bem remunerados.
O Oakland Unified School District (Distrito Unificado de Escolas de Oakland) receberá US$ 750 mil para ajudar a melhorar as taxas de graduação de jovens negros na região, e o Silicon Valley De-Bug, grupo que oferece auxílio judicial e financeiro a pessoas e famílias envolvidas no sistema penal, receberá US$ 600 mil.
Desigualdade
A iniciativa do Google é bastante importante para o setor de tecnologia, no qual ainda existe uma desigualdade considerável não apenas com relação a etnia, mas também com relação a gênero: a maior parte dos trabalhadores do setor são homens brancos.
No Google mesmo, segundo informações divulgadas pela própria empresa, apenas 30% dos funcionários são mulheres. Com relação a etnia, o problema é ainda mais grave: 61% dos empregados são brancos e 30% asiáticos. Dos 9% restantes, 4% possuem duas ou mais origens, 3% são hispânicos e apenas 2% são negros.