Funcionários de banco dinamarquês são proibidos de comprar Bitcoin

Seja com dinheiro próprio ou para outros, as criptomoedas estão banidas da equipe
Vinicius Szafran03/12/2019 20h22, atualizada em 03/12/2019 22h00

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Um banco dinamarquês venceu um processo judicial que impede que sua equipe compre Bitcoin e outras criptomoedas. A proibição não se refere apenas às compras no trabalho, e sim sobre a vida privada dos funcionários.

De acordo com um comunicado feito na segunda-feira (2) pelo tribunal dinamarquês, o Nordea Bank agora está autorizado a impedir que sua equipe compre e negocie criptomoedas em seu próprio tempo. Da mesma forma, eles são proibidos de comprar criptografia em nome de outras pessoas. O sindicato da Dinamarca para funcionários do setor financeiro entrou com uma ação contra a Nordea, dizendo que a proibição interferia na vida pessoal dos profissionais. Ainda é incerto como o banco aplicará a punição, assim como o que acontecerá com quem violar.

Em um memorando de janeiro de 2018, a Nordea disse a equipe que “os riscos eram muito altos” porque o mercado de criptomoedas não é regulamentado e estava vinculado a atividades criminosas, incluindo lavagem de dinheiro. Os funcionários podem prejudicar a reputação da Nordea e de seus clientes, informou o banco.

Reprodução

A restrição não abrange instrumentos financeiros vinculados a criptomoedas que a Nordea vende aos clientes. Tampouco se aplica a qualquer criptomoeda que os funcionários possam ter desde antes da proibição. Contudo, o banco está “encorajando” sua equipe a vender aquilo que possui.

“Entramos com uma ação por causa do princípio de que todos obviamente têm uma vida privada e o direito de agir como uma pessoa particular”, disse Kent Petersen, presidente do sindicato, em comunicado. “Era importante para nós e nossos membros estabelecerem o que os gerentes de direitos possuem. Nesse caso, foi mais abrangente do que achamos apropriado”.

No entanto, em uma medida que pode ser vista como injusta, a Nordea permitirá que sua equipe invista nos próprios produtos e instrumentos financeiros baseados em criptomoedas do banco, mas não em uma de fora. Além disso, a equipe de desenvolvimento de produtos da Nordea poderá fazer “pequenos investimentos em criptomoeda” se tiverem um motivo comercial legítimo para isso. Outro ponto a ser considerado é que o banco Nordea já havia sido investigado por lavagem de dinheiro. A sede do banco, inclusive, foi revistada em relação às reivindicações.

Via: The Next Web

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital