O Google arrumou mais um problema ligado ao coronavírus. Um de seus funcionários foi diagnosticado com a Covid-19 no escritório da empresa em Zurique, na Suíça, em um momento no qual o continente europeu começa a se tornar uma área de grande risco para o contágio.
Em comunicado, a companhia confirma o caso, sem revelar a identidade do funcionário infectado. “Ele esteve no escritório de Zurique por um tempo limitado antes de apresentar qualquer sintoma. Nós tomamos, e continuaremos a tomar, todas as medidas de precaução necessárias, seguindo as orientações de oficiais de saúde pública, priorizando a segurança e saúde de todos”, diz o comunicado.
A empresa também havia disparado um e-mail para seus 120 mil funcionários comunicando o caso, como reportou o site Business Insider. O escritório de Zurique não será fechado mesmo com a ocorrência, como informa a CNBC.
Este é só mais um exemplo de como o vírus tem causado transtornos na vida de várias empresas ao redor do mundo, atingindo de forma grave grandes conglomerados de tecnologia com atuação internacional. O Google já começou a restringir viagens de negócios a Itália, Japão, Irã e Coreia do Sul, que se tornaram os maiores focos recentes da Covid-19. Além disso, idas à China, que é o epicentro da difusão do vírus, também seguem proibidas, a menos que o funcionário esteja retornando para sua casa. Para completar, todas as viagens internacionais realizadas pelos próximos 90 dias dependerão de uma análise prévia.
Obviamente, o Google não é o único afetado. A Amazon é outra empresa que decidiu restringir todas as viagens nos Estados Unidos e baniu viagens para a China até segunda ordem. Eventos de tecnologia e games são esvaziados aos poucos ou cancelados, como foi o caso do MWC, que aconteceria em Barcelona, mas viu tantas desistências que acabou não acontecendo. Da mesma forma, o Facebook decidiu não realizar neste ano a F8, sua conferência anual com desenvolvedores, e a GDC, conferência voltada para desenvolvedores de jogos, tem sofrido com várias ausências já confirmadas.
Há outros desdobramentos, que impactam de forma mais direta sobre o faturamento das companhias. Apple e Microsoft já anunciaram a investidores que não conseguiriam cumprir as metas para o trimestre devido ao fechamento de fábricas na China, tornando-se incapazes de suprir a demanda por seus produtos. Da mesma forma, a inatividade das linhas de produção chinesas está afetando as fábricas de eletrônicos brasileiras, que não estão recebendo as peças necessárias; Samsung, LG e Motorola estão entre as fabricantes de celulares afetadas até o momento.