Fralda inteligente de empresa-irmã do Google identifica ‘número 1’ e ‘número 2’

Renato Santino17/05/2018 21h53, atualizada em 17/05/2018 22h20

20180517190223

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Verily, uma empresa do conglomerado Alphabet, nascida da divisão Google Life Sciences, quando o Google se desmontou em várias partes, está desenvolvendo uma tecnologia inusitada e interessante. A companhia registrou uma patente de fraldas conectadas.

“Mas qual é o benefício de uma fralda conectada?”, você pode estar se perguntando. A proposta registrada na patente é de que a peça poderia identificar um novo “evento” e informar aos pais sobre o que aconteceu por meio de um aplicativo de celular. Isso significa que a fralda pode identificar se foi atingida pelo “número 1” ou “número 2”, sem precisar dar aquela cheirada nos fundilhos da criança.

Fraldas inteligentes não são exatamente novidade, no mercado, mas nenhuma delas funciona como a tecnologia descrita na patente. Segundo o documento da empresa, nenhuma alternativa hoje no mercado tem a capacidade de diferenciar o que aconteceu dentro da fralda, o que pode dar aos pais o senso de urgência necessário na hora da troca.

Reprodução

A patente foi registrada em outubro de 2016, mas só foi publicada agora pelo escritório de patentes dos Estados Unidos. O documento descreve que a fralda teria elementos condutivos e sensores. A tecnologia poderia perceber as alterações em condutividade para perceber quando um incidente aconteceu e utilizar as métricas dos sensores para identificar se é um “evento” líquido ou sólido.

Nem tudo é tão simples, no entanto. A patente também descreve que os sensores devem ser ligados a um módulo eletrônico na frente da fralda, que seria reutilizável, podendo abrigar a fonte de energia e outros componentes responsáveis por transmitir a informação para um aplicativo de celular, o que implicaria parar de ser notificado se a fralda não tiver a bateria recarregada.

Agora é esperar para ver se a tecnologia da Verily chegará ao mercado, o que pode muito bem nunca acontecer. São comuns os casos de patentes que nunca se transformam em um produto, por inúmeros motivos. A própria empresa afirma isso em comunicado ao site Ars Technica. “Futuros produtos não devem ser inferidos a partir de nossas aplicações de patentes. A Verily registra patentes regularmente para várias ideias e invenções que podem ou não amadurecer e virar produtos e serviços”. Um possível impedimento para que essa tecnologia venha a ser comercializada é preço; afinal de contas, fraldas descartáveis comuns já são caras o bastante sem qualquer sensor de alta tecnologia.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

Ícone tagsTags: