Descobrir os componentes mais ínfimos da matéria não é uma tarefa nada fácil. Para tal, são necessários aceleradores de partículas – os maiores laboratórios já construídos – e condições que proporcionem alta energia, o que torna o processo bem complicado. No entanto, um físico parece ter uma solução para esse problema: terceirizar todo o procedimento para a Lua.

A ideia é de Nikolai Zaitsev, PhD em física de altas energias, que argumenta que a Lua tem condições ideais para a aceleração de partículas. Segundo o físico, a temperatura extremamente baixa – necessária aos materiais supercondutores – e o vácuo livre de átomos perdidos representam um ambiente favorável para o processo.

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Ainda que Zaitsev esteja certo, a proposta é muito desafiadora, visto que os seres humanos nunca construíram nem mesmo um edifício no nosso satélite natural, quem dirá um gigantesco acelerador de partículas.

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A superfície da Lua e a Terra ao fundo. Imagem: Reprodução

Contudo, se a ideia do físico sair do papel um dia, as pesquisas em física de altas energias passarão por um avanço expressivo.

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Além do acelerador de partículas, Zaitsev também pensou em fazer da Lua uma gigantesca instalação para enviar constantemente neutrinos – partículas provavelmente ligadas à matéria escura – e radiação cósmica à Terra. Como a Lua apresenta rotação sincronizada, ou seja, tem um lado permanentemente apontado para Terra, isso seria possível e daria aos cientistas mais oportunidades de estudar esses compostos. Afinal, atualmente, é preciso esperar até que os neutrinos e a radiação simplesmente cheguem por aqui aleatoriamente. 

 

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Via: Futurism