O Facebook afirmou nesta quinta-feira (3) que vai interromper a publicação de novos anúncios de propaganda política durante a semana anterior às eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro. Os anunciantes, no entanto, ainda poderão conduzir campanhas já existentes e ajustar a segmentação do público-alvo.
O CEO da companhia, Mark Zuckerberg, diz que a medida atende a falta de tempo hábil para que as informações de anúncios políticos possam ser verificadas e, se for o caso, contestadas. Em publicação na plataforma, o executivo ainda apresentou uma série de iniciativas para combater a desinformação sobre o processo de votação norte-americano.
“Todos nós temos a responsabilidade de proteger a nossa democracia. Isso significa ajudar as pessoas a registarem-se e a votarem, esclarecer a confusão sobre a forma como esta eleição vai funcionar, e tomar medidas para reduzir as hipóteses de violência tumultos.”, escreveu o Zuckerberg.
Em parceria com autoridades eleitorais, a empresa vai iniciar imediatamente uma força-tarefa para remover posts com conteúdos enganosos sobre o tema. A operação deve funcionar até a divulgação dos resultados oficiais do pleito. Inicialmente, o plano do era implementar a atividade somente durante as últimas 72 horas de campanha.
O Facebook é pressionado a evoluir políticas de combate à desinformação em anúncios políticos na plataforma. Recentemente, a empresa decidiu permitir que usuários desativem a exibição deste tipo de propaganda. Imagem: Flickr
A companhia também deve destacar informações confiáveis sobre o processo eleitoral no Facebook e no Instagram. Os materiais previstos incluem tutoriais em vídeo de como votar por e-mail, além de orientações sobre prazos e registros. Outra medida será a remoção de publicações que sugerirem que eleitores vão contrair coronavírus caso participem da eleição.
A gigante de tecnologia ainda pretende adicionar etiquetas com links de fontes confiáveis nos conteúdos que utilizarem o contexto da pandemia do novo coronavírus para desencorajar pessoas a votarem. Para reduzir o risco de disseminação de conteúdos falsos ou nocivos, o Messenger limitará o encaminhamento de mensagens para cinco contatos.
Segundo Zuckerberg, as empresa também leva em conta a possibilidade de os resultados oficiais das eleições não serem consolidados na mesma noite do encerramento das votações. Ele ressalta que, em parceria com a agência de notícias Reuters, o Facebook fornecerá informações confiáveis sobre a apuração dos resultados.
“Se algum candidato ou campanha tentar declarar vitória antes dos resultados oficiais chegarem, acrescentaremos um rótulo à publicação, informando que os resultados ainda não foram consolidados e direcionando as pessoas para a apuração oficial.”, esclareceu Zuckerberg.
O executivo também destacou que o Facebook deve rotular publicações com conteúdos que deslegitimam o resultado da eleições ou questionem a legitimidade do processo eleitoral. As etiquetas também fornecerão links para fontes confiáveis.