Mark Zuckerberg deu nesta quarta-feira, 18, uma entrevista na qual afirmou que o Facebook não vai remover “fake news”, mesmo que ele seja propositalmente enganoso. A postura da empresa nestes casos será de informar sobre a falsidade da informação e limitar o alcance, sem exclusão. No entanto, a empresa tem uma exceção para a regra: conteúdo falso que puder levar a casos de violência poderá, sim, ser removido da plataforma.
O Facebook já tem normas que proíbem o uso da plataforma para incitar diretamente a violência, mas agora a empresa passará a tomar cuidado com boatos que possam levar indiretamente a agressões e mortes, como tem sido visto em vários países. Recentemente, a Índia viu um aumento nos linchamentos com base em boatos infundados de WhatsApp, e é esse tipo de conteúdo que a empresa quer eliminar totalmente.
Para isso, o Facebook pretende trabalhar com organizações locais externas que possam fazer a análise se alguma publicação pode vir a incitar a violência contra algum grupo ou contra alguma pessoa específica. A rede social pode consultar uma ou mais organizações dependendo de quão complexo for o caso.
Segundo o Facebook, os testes para a remoção de conteúdo enganoso que pode levar a violência já começaram. Um exemplo aconteceu no mês passado, quando um boato apontou que muçulmanos estavam envenenando a comida dada e vendida a budistas; uma organização externa apontou que isso poderia gerar violência e linchamentos, e o post foi removido da plataforma.