O Facebook irá pagar um total de US$ 650 milhões (aproximadamente R$ 3,4 bilhões) em processo judicial de ação coletiva que acusa a rede social de utilizar tecnologia de reconhecimento facial sem autorização. O acréscimo de US$ 100 milhões representa um acordo revisado, após um juiz federal acreditar que a proposta inicial do Facebook, de US$ 550 milhões, não punia adequadamente a empresa.

A decisão visa a cobertura financeira de qualquer usuário da plataforma, residente de Illinois, que teve suas fotos expostas no site após 2011. O reconhecimento facial era utilizado para digitalizar as fotos e sugerir quem estava presente na captura.

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O montante que cada vítima poderá receber pode variar entre US$ 200 e US$ 400, de acordo com o número de reclamações que forem registradas.

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Rede social é acusada de de utilizar tecnologia de reconhecimento facial sem autorização. Foto: Reprodução

O caso representa uma das maiores indenizações por violações de privacidade e evidencia a reincidência de ocorrências contra usuários causadas pelo Facebook, como casos de compartilhamento de dados não autorizados.

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Um porta-voz do Facebook reiterou o desejo de uma ágil resolução, dado o interesse da comunidade e dos acionistas da empresa.A empresa de advocacia Edelson PC, que representa os reclamantes, não quis se pronunciar sobre o acordo.

Entenda o caso

O processo contra o Facebook teve início em 2015. Illinois possui uma lei estadual específica que obriga o consentimento dos usuários antes de serem submetidos à tecnologias de reconhecimento facial.

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Ao não deixar os usuários cientes sobre o uso da tecnologia, o Facebook não só violou as regras do estado, como expôs uma conduta antiética contra os utilizadores da plataforma.

Além da empresa de Mark Zuckerberg, outras gigantes como Google, Amazon e Microsoft foram acusadas judicialmente por utilização indevida de fotos obtidas por tecnologias que detectam e reconhecem o rosto do usuário.

Via: Fortune