Exame de sangue poderá prever risco de diabetes em mulheres após a gestação

Cientistas descobriram metabólitos no sangue capazes de indicar se uma mulher com diabetes gestacional desenvolverá a doença em até 10 anos após o parto
Fabiana Rolfini22/05/2020 18h07

20200522031344

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Cientistas canadenses identificaram que o sangue possui metabólitos capazes de prever, com precisão, se uma mulher desenvolverá diabetes tipo 2 após sofrer uma forma transitória da doença durante a gravidez.

A descoberta pode transformar o exame de sangue em um auxílio para médicos identificarem pacientes com maior risco à doença durante e após a gestação, além de evitar a diabetes por meio de intervenções, incluindo dieta e exercícios.

“Há uma desregulação metabólica que ocorre em mulheres que desenvolverão diabetes tipo 2 no período pós-parto, sugerindo que já existe um problema subjacente e que podemos detectá-lo”, diz Michael Wheeler, professor de fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto que liderou o estudo, o qual contou com a colaboração de outros pesquisadores.

Reprodução

Exame de sangue pode auxiliar médicos a identificarem pacientes com maior risco à doença durante e após a gestação. Foto: Reprodução

A assinatura metabólica identificada pode prever com mais de 85% de precisão se uma mulher vai desenvolver diabetes tipo 2, conforme descrito em um estudo publicado na revista Plos Medicine.

Cerca de uma em cada dez mulheres desenvolverá diabetes gestacional durante a gravidez, o que as coloca em maior risco de ter diabetes tipo 2, com 30% a 50% delas desenvolvendo a doença até 10 anos após o parto.

Estudo anterior

O novo estudo baseia-se em uma pesquisa anterior feita em 2016 com 1033 mulheres com diabetes gestacional. As amostras de sangue foram coletadas entre seis e nove semanas após o nascimento dos bebês e depois duas vezes ao longo de dois anos. A saúde das mulheres foi acompanhada por seus registros médicos eletrônicos por até oito anos.

Durante esse período, 173 mulheres desenvolveram diabetes tipo 2 e suas amostras de sangue foram comparadas com 485 mulheres de várias idades, raças e etnias, que não haviam desenvolvido a doença.

Via: MedicalXpress

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital