EUA planejam renovação da Marinha com navios autônomos

Plano inclui uma frota de 355 navios, entre eles veículos de superfície e submarinos tripulados, não tripulados e autônomos, além de aeronaves não tripuladas
Rafael Rigues17/09/2020 14h24

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O Secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, detalhou nesta quarta-feira (16) planos de modernização da Marinha dos EUA para enfrentar a expansão de rivais como a Rússia e, principalmente, a China.

Segundo Esper, o Indo-Pacifico é o “cenário prioritário” para os EUA, especialmente frente a ações “desestabilizantes” da China, como a conversão de atóis desabitados em bases militares para aumentar sua extensão territorial e, consequentemente, influência sobre a região.

A China está atualmente engajada em um plano de modernização de suas forças militares, que deve ser concluído em 2035. Ainda assim, Esper está confiante na supremacia dos EUA em um eventual conflito. “Mesmo se parássemos de construir novos navios, a RPC (República Popular da China) levaria anos para igualar nossa capacidade em alto-mar”, disse.

“Ainda assim, precisamos nos manter à frente. Precisamos manter nossa vigilância. E iremos continuar a construir navios modernos para garantir que continuemos a ser a maior marinha do mundo”, disse.

Segundo Esper esta frota será composta de veículos menores e em maior quantidade, incluindo veículos de superfície e submarinos tripulados, não tripulados e autônomos, além de aeronaves não tripuladas “de todos os tipos” baseadas em porta-aviões.

“Em resumo, teremos uma força equilibrada de mais de 355 navios — tripulados e não tripulados”, afirmou. O Secretário citou o Sea Hunter, um navio de superfície não tripulado que recentemente completou operações em conjunto com o destróier USS Russell, demonstrando vários aspectos do trabalho em equipe entre sistemas tripulados e não tripulados.

“Estes esforços são o próximo passo na realização de nossa futura frota, uma em que sistemas não tripulados desempenham uma variedade de funções de guerra — da entrega de fogo letal e colocação de minas a reabastecimento ou vigilância do inimigo. Esta será uma grande mudança na forma como vamos conduzir a guerra naval nos anos e décadas que estão por vir”.

Fonte: Departamento de Defesa dos EUA

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital