EUA investigam aquisições de Amazon, Google, Apple, Facebook e Microsoft

Objetivo da investigação é determinar se as grandes empresas exercem práticas anticompetitivas
Equipe de Criação Olhar Digital12/02/2020 12h50

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A FTC – Comissão Federal do Comércio dos EUA – anunciou ontem (11) que vai investigar as aquisições feitas na última década pelas cinco gigantes da tecnologia: Apple, Microsoft, Facebook, Amazon e Alphabet (controladora do Google).

Serão analisadas as aquisições que não foram reportadas a autoridades de regulação entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de dexembro de 2019, o que teoricamente não afeta as grandes transações, como as compras de Instagram e WhatsApp pelo Facebook. O principal objetivo do FTC é determinar se as grandes empresas exercem práticas anticompetitivas ao absorver concorrentes.

O movimento reforça também o momento difícil que os grandes nomes do ramo estão enfrentando, a investigação foi aprovada por unânimidade pelos cinco membros da comissão. Desde o ano passado, autoridades dos EUA estão analisando mais cuidadosamente as práticas dessas empresas.

Reprodução

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook

As grandes empresas de tecnologia têm críticos importantes no cenário político e econômico do país, como os democratas Bernie Sanders e Elizabeth Warren, candidatos à presidência dos EUA.

Em comunicado, a Comissão Federal do Comércio dos EUA disse que “isso ajudará o FTC a aprofundar seu entendimento das atividades de aquisições de grandes companhias de tecnologia, incluindo como elas reportam suas transações para as agências federais de regulação antitruste, e se essas empresas estão fazendo aquisições potencialmente anticompetitivas de competidores em potencial que não são observadas pelos relatórios HSR”.

Nos EUA, quando uma empresa faz uma aquisição grande, precisa submeter o negócio para aprovação pelo Departamento de Justiça e pelo FTC. Tradicionalmente, apenas as compras que superam o valor de US$ 90 milhões precisam passar pelo processo, o que significa que negociações menores ficam de fora do radar da agência. São justamente esses negócio, que envolvem valores menores, que serão analisados como potencial evidência de comportamento anticompetitivo.

Via: Estadão