Estudo aponta que fãs adultos de Pokémon tem um cérebro diferente

Segundo os pesquisadores, pessoas que tiveram muito contato com o desenho tem uma região no córtex que responde mais ativamente quando estimuladas com as imagens do desenho
Redação07/05/2019 11h44, atualizada em 08/05/2019 18h27

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Ao analisar os cérebros de alguns adultos que brincaram com Pokémon quando eram crianças, pesquisadores liderados por Jesse Gomez – um pós-doutorando em psicologia da Universidade de Berkeley – descobriram o desenvolvimento de uma região do cérebro que responde mais ativamente às imagens desse desenho do que de outros. O estudo, publicado na revista Nature Human Behavior, ainda descobriu uma nova visão de como o cérebro organiza a informação visual.

Os pesquisadores recrutaram 11 adultos “experientes” em Pokémon – que começaram seu contato com o desenho e os jogos dos personagens quando tinham entre de cinco e oito anos e continuaram quando adultos – além de 11 novatos no assunto. Inicialmente, verificou-se que os participantes sabiam distinguir os Pokémons, então seus cérebros foram escaneados enquanto eram mostradas imagens dos 150 dos Pokémons originais junto a outros animais, rostos, carros, palavras, corredores e outros desenhos animados.

Nas “cobaias” de Pokémon mais experientes, uma região do cérebro respondeu mais ativamente às imagens de do desenho do que a qualquer outra, enquanto nos novatos esta região, chamada de sulco occipitotemporal, não mostrou preferência pelos personagens em comparação a outros objetos observados.

Ainda foi apontado pelos cientistas responsáveis pelo estudo como o cérebro aprende a reconhecer imagens diferentes. Ensinar um novo estímulo visual é um processo cuidadosamente controlado. Para garantir que uma pessoa obtenha dados limpos, é necessário mostrar a todos a mesma imagem, com o mesmo brilho e visualizada da mesma distância, tudo isso repetidamente.

A conclusão publicada até agora é que os dados demonstram que as representações do córtex visual – excentricidade retiniana – combinadas com o comportamento de visualização consistente de estímulos específicos durante a infância, resultam em um comportamento compartilhado na idade adulta. Essa teoria pode ser chamada de “viés da excentricidade”, que sugere que o tamanho das imagens que está sendo observada, e a forma que estamos usando para vê-la, com visão central ou periférica, vai prever qual área do cérebro irá responder.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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