Estação Espacial tem conexão melhorada e velocidade chega a 600 Mbps

Taxa de transferência é cerca de 120 vezes maior do que a média das casas brasileiras
Renato Santino27/08/2019 21h10

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Qual é a velocidade da conexão de internet fixa da sua casa? Se você mora em grandes capitais, é bem possível que você tenha mais de 30 megabits por segundo, mas a média do Brasil é bem mais baixa que isso, próximo dos 5 Mbps segundo pesquisa global publicada pela operadora britânica Cable. Isso significa que agora, após uma renovação feita pela Nasa permite obter taxas de transferência até 120 vezes mais rápidas na ISS (Estação Espacial Internacional) do que a média brasileira.

Sim, agora é possível obter conexão de até 600 Mbps no espaço, informa a Nasa. As novas velocidades são fruto de um novo esforço de modernização da ISS, que passará a ser aberta para operação comercial, como a agência já havia confirmado previamente.

A taxa de transferência melhorada tem como objetivo permitir novos experimentos e demonstrações tecnológicos que só podem ser realizadas por astronautas dentro da ISS. Essas pesquisas dependem, muitas vezes, de alta resolução de imagem e dados detalhadíssimos que são pesados e os limites de conexão passados acabavam operando como um gargalo.

Para fazer essa conexão com a Terra, a ISS utiliza um sistema de TDRS (Satélites de Retransmissão de Dados e Monitoramento) localizado na órbita alta terrestre. Esses satélites comunicam-se com antenas na Terra por meio de antenas criando o que é chamado de Space Network. O processo de transmissão de dados da ISS para a Terra e vice-versa, no entanto, traz uma latência um pouco alta: o atraso é de cerca de um segundo entre o envio e a chegada dos dados, o que significa que esses 600 Mbps jamais poderão ser usados para jogar algum game online.

Para dobrar a capacidade de conexão da ISS, a Space Network recebeu uma nova arquitetura digital, novos e melhorados processadores de dados, roteadores e toda a infraestrutura envolvida, incluindo melhorias nas linhas de transmissão no solo.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital