Empresa lança nos EUA exoesqueleto para pacientes com lesão vertebral

Redação02/03/2018 13h41, atualizada em 02/03/2018 14h03

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A empresa japonesa Cyberdyne anunciou hoje que trará seu exoesqueleto terapêutico para os Estados Unidos. O exoesqueleto se chama HAL, sigla que significa “Hybrid Assistive Limb” (ou “membro híbrido de assistência), e tem o objetivo de ajudar pacientes que tenham sofrido lesões vertebrais a recuperar o movimento das pernas e a capacidade de andar.

Segundo o Engadget, o HAL se encaixa na cintura e nas pernas da pessoa e lhe dá um suporte que permite que ela fique em pé e caminhe mesmo que não tenha força nos músculos. A ideia não é que o usuário o utilize constantemente, mas que ele seja usado como um recurso auxiliar na terapia por meio da qual o paciente conseguirá recuperar sua capacidade de andar.

Diferentemente de outros exoesqueletos semelhantes, o HAL não é operado por um joystick ou controle externo. Ele se comunica com o usuário por meio de eletrodos colocados em sua pele. Esses eletrodos conseguem ler os comandos que o sistema nervoso manda para os músculos, e dessa maneira o usuário consegue controlá-lo da mesma maneira como controlaria suas próprias pernas.

No Japão, esse sistema já vem sendo usado há algum tempo – a “demora” para chegar aos Estados Unidos se deve primariamente a questões de regulamentação. Abaixo, é possível ver um vídeo do Japan Times que mostra como o HAL funciona:

Primeiros passos

O Brooks Cybernetic Treatment Center de Jacksonville, na Florida, será o primeiro local dos EUA a usar o HAl em tratamentos. Segundo a diretora médica do centro de tratamento, Geneva Tonuzi, o exoesqueleto deve ser especialmente útil na recuperação de pacientes que tenham muito pouca capacidade de mover as pernas autonomamente.

Esse modo de operação do robô é semelhante ao de um eletroencefalograma. Por isso, é necessário que o paciente ainda tenha um mínimo de comunicação entre seu cérebro e pernas. “Não precisa ser muito, mas precisa haver ao menos um sinal [indo do sistema nervoso do usuário às pernas]. Se esse sinal estiver lá (…), então o robô consegue fazer o resto”, disse. De acordo com ela, a principal vantagem do HAL é que ele vai se adequando ao usuário conforme sua terapia progride.

“Talvez você só consiga dar 1% ou 2% [da força necessária para mover a perna], e então o robô te dá o resto da força. Mas, com o tempo, graças a esse tipo de recuperação, você conseguirá dar 3%, 4% e daí por diante, e o robô vai te dando cada vez menos suporte”, considerou. Mas ela ressalta que o objetivo final é “se livrar do robô”.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital