Embraer e fabricante de motores se unem para produzir avião elétrico

Empresas objetivam acelerar produção científica da tecnologia e reduzir emissão de carbono no setor aeronáutico
Redação30/05/2019 19h20, atualizada em 30/05/2019 21h30

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A Embraer e a fabricante de motores Weg anunciaram nesta quarta-feira (29) uma parceria para o desenvolvimento de aeronaves elétricas. Neste primeiro momento, as empresas vão unir esforços para produzir mais conhecimento científico sobre a aplicação da tecnologia no setor aeronáutico.

O primeiro teste de decolagem com uma aeronave movida a eletricidade deve acontecer em 2020, segundo o Diretor Superintendente da WEG Manfred Peter Johann. O sistema elétrico irá equipar inicialmente o avião Ipanema, máquina popular no agronegócio para aplicação de agrotóxicos.

Os estudos serão primeiro realizados em laboratório e depois será criada uma plataforma para simular uma operação real. O trabalho em torno do sistema elétrico deve ser feito nas fábricas da Embraer, em São José dos Campos (SP), e nas da WEG, em Jaraguá do Sul (SC).

Ao acelerar a produção científica da tecnologia, as empresas têm como objetivo encontrar uma alternativa sustentável à combustão dos motores de aeronaves para reduzir a emissão de carbono no meio ambiente.

As pesquisas na área, no entanto, ainda estão em estágio inicial. Segundo especialistas, levar eletricidade motora para um aviação comercial vai custar bem mais tempo, estudo e investimento do que para o setor automobilístico. Mesmo a tecnologia de carros elétricos ainda não alcançou consistência e proporção massiva para substituir veículos à combustão. Por isso, fabricantes de aviões, máquina que gasta muito mais energia para ter potência de voo, ainda têm um longo caminho a percorrer até que a eletrização do setor se torne viável e segura.

Ainda assim, a tecnologia deve crescer no futuro. A aposta cada vez maior de tornar carros elétricos uma realidade comum deve se refletir na aeronáutica, devido às pressões governamentais e sociais  para que empreas diminuiam a poluição do meio ambiente. O alto custo do querosene para companhias aéreas também é um fator que empurra o setor para a eletricidade.

O acordo entre as companhias ocorre dois anos depois da Embraer firmar outra parceria para o desenvolvimento de tecnologia elétrica. A empresa se associou com a Uber para a criação de ‘carros voadores’ em 2017; operação experimental com o primeiro modelo deve acontecer também em 2020.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital