Os primeiros testes em humanos nos EUA para uma técnica de edição de genes chamada CRISPR estão oficialmente em andamento. Um porta-voz da Universidade da Filadélfia informou que dois pacientes, um com mieloma e outro com sarcoma, receberam o tratamento com CRISPR depois que os procedimentos tradicionais foram concluídos sem sucesso.
O CRISPR funciona como um editor do DNA e a esperança é que ele consiga remover pedaços do gene e inserir células imunes que destruam as partes cancerígenas presentes, suprimindo atividades que estejam impedindo o corpo do paciente de lutar contra a doença.
A eficácia do tratamento ainda não é certa e os resultados demorarão a sair, já que o processo será feito com 18 pacientes. A Universidade disse que notícias sobre o status dos testes surgirão novamente depois de análises e estudos completamente apurados e revisados. E, mesmo que a experiência seja um sucesso, o uso prático pode demorar ainda mais para começar a acontecer.
A edição de genes com CRISPR já gerou muitas discussões com questões éticas e sua capacidade máxima ainda nem foi completamente explorada. Se os médicos e cientistas aprenderem a controlar melhor a técnica, mais casos como o de mudança de DNA para adaptar a aparência de um bebê ao gosto dos pais podem surgir, o que levanta temas como eugenia, por exemplo.
Ainda assim, o CRISPR pode ser a solução perfeita para a cura de diversos tipos de câncer de uma forma mais rápida e indolor. Outros estudos com a técnica acontecerão em instituições de saúde na região de Boston e envolverão doenças do sangue. No entanto, ainda não há uma data para a realização dos mesmos.
Via: Engadget