Drones paralisam segundo maior aeroporto de Londres e geram caos aéreo

Renato Santino20/12/2018 19h50

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Londres é uma das maiores e mais populosas cidades do mundo. Esta época do ano também faz com que os aeroportos fiquem consideravelmente mais movimentados do que o normal. Diante destes dois fatores, é possível prever que o fechamento do segundo aeroporto mais movimentado da cidade tenha causado um caos inimaginável. E o motivo para tal? Drones foram encontrados voando nas redondezas, o que é proibido.

O aeroporto em questão foi o de Gatwick, que ficou fechado entre o final da noite de quarta-feira, 19, e até a tarde desta quinta-feira, 20. A operação foi interrompida às 21h do horário local, foi brevemente retomada às 3 da manhã, mas foi paralisada novamente 45 minutos depois. O problema persiste até a noite desta quinta-feira, completando 24 horas de interrupção.

Com isso, 760 voos que sairiam de Gatwick ou aterrissariam no local foram impactados, atingindo pelo menos 110 mil passageiros. Voos que deveriam pousar no local tiveram que ser redirecionados para outros aeroportos da região, como Heathrow, Luton ou Stansted. O caso foi tão grave que alguns dos voos precisaram pousar em outros países, pousando em Amsterdã ou em Paris.

A lei britânica determina que é proibido drones voarem a menos de 1 quilômetro de distância de um aeroporto sem permissão expressa das autoridades aéreas do país. Para tornar a situação ainda mais grave, se pegos, os pilotos dos drones poderiam ser julgados e pegar até cinco anos de prisão por isso.

Isso dito, ainda é bastante difícil identificar o dono de um drone no país, já que a legislação que torna obrigatório o registro do equipamento com as autoridades só entrará em vigor em novembro de 2019. Até lá, estão em estudo barreiras técnicas que impeçam a aproximação de drones de regiões perto de aeroportos. Isso incluiria uma combinação de radares, câmeras, detecção de ondas de rádio e tecnologia para congestionar o sinal e impedir o controle do equipamento. Fabricantes também são pressionadas a incluir software que inclui zonas proibidas; assim, se o usuário tentar levar o drone para perto do aeroporto, o próprio equipamento evita a região.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

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