Um proprietário de um Tesla Model 3 teve uma surpresa desagradável no final de setembro, quando descobriu que seu telefone havia comprado acidentalmente um upgrade de software de mais de US$ 4 mil (R$ 23.700) para seu carro.
Segundo o médico Ali Vaziri, ele tirou o celular do bolso e o colocou para carregar no suporte no console do carro. Segundos depois, recebeu um alerta do banco dizendo que tinha acabado de fazer uma compra de US$ 4.280,00.
De acordo com a CNBC, que reportou o caso, Vaziri havia comprado o Model 3 há alguns meses, e tinha ligado seu cartão de crédito à sua conta Tesla para poder pagar pelo pacote de “conectividade premium”, que inclui informações de trânsito em tempo real, mapas de satélite e streaming de vídeo e música sobre redes móveis ou Wi-Fi.
É o mesmo cartão no qual foi debitada a compra do “Enhanced Autopilot”, pacote que inclui navegação, mudança de faixas e estacionamento automáticos e o recurso “Smart Summon“, que permite ao motorista pedir ao carro que vá, sozinho, encontrá-lo.
Vaziri suspeita que a compra tenha sido feita por “butt dial” (literalmente, “discar com a bunda”), expressão em inglês para quando um telefone no bolso de uma calça acidentalmente registra toques e faz uma ligação.
Reembolso? Que reembolso?
Momento após o alerta de compra Vaziri ligou para sua revenda Tesla local, que informou que não poderia ajudá-lo mas lhe passou o número da central de atendimento ao cliente. Lá, em vez de pedir o reembolso da compra, o atendente instruiu o médico a clicar no botão “reembolso” no e-mail de confirmação.
O problema: não há um botão de reembolso. O e-mail tinha apenas “informações vagas” sobre reembolso, sem botões ou links para clicar. Em vez disso, havia um texto apontando para a página de suporte da Tesla, que por sua vez dizia para ligar para uma revenda local.
Até hoje, o serviço de atendimento da Tesla não deu a Vaziri um reembolso. O médico recorreu à sua operadora de cartão de crédito, onde entrou com um pedido para cancelar a compra.
Um Tesla Model 3. Foto: Aleksei Pokov/Shutterstock
Tesla no atacado
O caso de Vaziri lembra o de um homem na Alemanha, ocorrido em julho deste ano. Aproveitando um incentivo oferecido pelo governo Alemão durante a pandemia, ele decidiu comprar um Tesla Model 3 no site da montadora. Mas por algum motivo, sempre que ele clicava em “Confirmar” nada acontecia. Paciente, o homem tentou por quase duas horas, clicando várias vezes em “Confirmar” neste período.
Finalmente o site “acordou” e confirmou uma compra. Ela e todas as outras 27, uma para cada vez que o homem clicou em “Confirmar”. Cada uma atrelada a um depósito não reembolsável de 100 Euros, num total de 2.800 Euros.
Felizmente, esta história teve um final mais feliz. Após entrar em contato com a montadora, todas as 28 compras foram canceladas e o valor dos depósitos foi devolvido. Não se sabe se o homem ainda optou por um Model 3, ou se preferiu um carro com um processo de compra mais simples.
Fonte: CNBC. Foto: Max.ku / Shutterstock