Descoberta nova galáxia que existe desde o início do universo

Galáxia é mais ativa que a Via Láctea, formando 100 vezes mais estrelas
Redação23/10/2019 14h49, atualizada em 23/10/2019 15h40

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A astrônoma da Universidade do Arizona, Christina Williams, seguiu um rastro de luz até descobrir, acidentalmente, uma galáxia oculta. “Foi muito misterioso, porque a luz não parecia estar ligada a nenhuma galáxia conhecida”, explicou ela.

A curiosidade sobre as luzes levou Williams a descobrir uma galáxia que existe desde o início do Universo, há 12,5 bilhões de anos, o que significa que a luz desse local demorou todo esse tempo para percorrer o caminho até a Terra.

“Quando vi que esta galáxia era invisível em qualquer outro comprimento de onda, fiquei muito empolgada porque significava que provavelmente estava muito longe e escondida por nuvens de poeira”, disse a astrônoma.

Ela explica ainda que a luz foi provavelmente causada por partículas de poeira aquecidas pelas estrelas que se formam dentro da galáxia. Contudo, essas próprias nuvens de poeira obscureceram as estrelas, o que tornou a própria galáxia invisível para nós.

Os pesquisadores compararam isso a descoberta de um conjunto de pegadas pertencentes ao monstro mítico Yeti, porque até agora, devido à falta de dados, os astrônomos não sabiam que poderiam existir. E, por ser inédita, sua análise é essencial para estudos científicos sobre a formação de galáxias no Universo.

Ivo Labbé, co-autor do estudo na Universidade de Tecnologia Swinburne, disse que a galáxia possui tantas estrelas quanto a Via Láctea, mas é mais ativa que a nossa, formando 100 vezes mais estrelas. Porém, ainda falta descobrir se o achado foi apenas sorte, ou se existem muitas outras galáxias antigas e escondidas.

“Essas galáxias ocultas são realmente intrigantes; fazem você se perguntar se isso é apenas a ponta do iceberg, com todo um novo tipo de população de galáxias esperando para ser descoberta”, disse Kate Whitaker, co-autora e professora assistente da Universidade de Massachusetts Amherst.

Williams acredita que o Telescópio Espacial James Webb da Nasa, com lançamento previsto para 2021, será uma ferramenta essencial para o estudo dessas galáxias. “”O JWST poderá olhar através do véu de poeira para que possamos aprender quão grandes são realmente essas galáxias e quão rápido elas estão crescendo”.

Via: CNN

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital