Com o lançamento da NuConta, o Nubank ficou mais perto de ser um banco real, embora não tenha chegado lá exatamente. Agora a startup, nascida a partir do popular cartão de crédito roxo, recebeu a autorização para ficar um pouco mais perto da realidade de um banco convencional.
Isso acontece graças a um decreto publicado nesta segunda-feira, 22, no Diário Oficial da União, no qual o presidente Michel Temer autoriza que o Nubank possa oferecer os serviços de uma financeira, o que já abre bastante o leque de serviços que a empresa pode oferecer.
O decreto em questão determina que “é do interesse do Governo brasileiro a participação estrangeira de até cem por cento no capital social da instituição financeira a ser constituída pela Nu Holdings Ltd., sediada nas Ilhas Cayman”.
Apesar de ser uma empresa brasileira, o Nubank faz parte de uma holding com sede na ilha caribenha. Desta forma, a empresa não tinha a permissão de oferecer crédito a seus clientes sem antes firmar uma parceria com alguma instituição nacional.
A autorização do governo dá espaço para que o Nubank comece a captar recursos e oferecer crédito de forma autônoma, o que abre espaço para a empresa concretizar seu tripé de expansão. Em entrevista ao Estadão, os cofundadores da empresa revelaram três prioridades: conta digital, empréstimos e investimentos. A NuConta foi a primeira empreitada na conta digital e também é uma opção de investimento e agora a empresa tem autorização para realizar empréstimos.
Vale notar, no entanto, que a autorização para operar como financeira não credencia o Nubank a operar totalmente como um banco, ainda inviabilizando opções como conta-corrente, débito e poupanças. Desta forma, a NuConta continuará restrita a uma conta-pagamento como é hoje.