Criminosos vendem assinatura de malware para roubo de informações

Programa usado para roubar informações vai custar o equivalente a R$ 800 por mês
Luiz Nogueira25/10/2019 15h40, atualizada em 25/10/2019 16h37

20191025124435-1920x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um novo tipo de malware está se tornando bastante popular entre os cibercriminosos por sua capacidade de roubar informações confidenciais, como dados de cartões de crédito, carteiras de criptomoedas e credenciais de e-mail.

Apelidado de Racoon Stealer, o malware surgiu em abril deste ano e, até então, infectou centenas de milhares de dispositivos Windows em todo o mundo, de acordo com números levantados pela Cybereason, provedora de soluções inteligentes de segurança.

Para que os criminosos usem o malware, é necessário pagar uma assinatura mensal de US$ 200 (aproximadamente R$ 800). Especialistas do setor suspeitam que o Racoon é de origem russa e que sua comercialização é bastante popular em fóruns clandestinos.

Sua forma mais comum de disseminação é através de ataques de phishing, em que o malware explora vulnerabilidades em softwares e utiliza truques de engenharia social por e-mail.

Após a instalação bem-sucedida, o malware se comunica com um servidor de comando e controle (C2) para extrair dados da máquina da vítima, como informações de cartão de crédito, carteiras de criptomoeda, senhas de navegador, e-mails e detalhes do sistema.

O curioso a se observar é que o malware não ataca computadores que estejam configurados nos idiomas russo, ucraniano, bielorrusso, cazaque, quirguiz, armênio ou uzbeque. Talvez por esse motivo tenha surgido a desconfiança de que o malware é de procedência russa.

Para se proteger dessa e de outras ameaças, especialistas de segurança sempre recomendam não clicar em e-mails suspeitos e manter o sistema sempre atualizado. Com isso, é possível se proteger da maioria das ameaças que rondam a internet.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital