Satoshi Nakamoto, criador da moeda eletrônica Bitcoin, que permite usuários realizarem transações pela internet sem dinheiro vivo ou cartões de crédito e débito, foi indicado a receber o prêmio Nobel de economia em 2016. O único problema é que ninguém sabe quem ele é.
O nome é um pseudônimo para o verdadeiro criador do Bitcoin, que nunca se apresentou publicamente. Ninguém sabe em que universidade ou instituição ele trabalha, seu nome nunca foi creditado na publicação de qualquer artigo em uma revista de respeito e também não se sabe em que país ele mora.
Tudo o que se sabe a respeito de Nakamoto vem do artigo amador publicado por ele na internet em 2009, descrevendo passo a passo o desenvolvimento de um sistema de troca de moedas digitais – o Bitcoin. Bhagwan Chowdhry, professor de finanças da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, explica sua indicação.
“A contribuição de Satoshi Nakamoto não só vai mudar a forma como pensamos em dinheiro, como também deve afetar o papel que bancos centrais exercem ao conduzir a política monetária; destruir serviços de transferência de alto custo; eliminar os impostos exigidos por intermediárias como Visa, MasterCard e Paypal. […] Eu mal consigo pensar em outra inovação na área de economia nas últimas décadas com tamanha influência”, disse Chowdhry ao site Huffington Post.
O comitê do prêmio Nobel nunca nomeou uma pessoa “desconhecida” anteriormente, o que torna difícil especular sobre como a indicação de Nakamoto será encarada. De qualquer modo, o próprio professor Chowdhry já se prontificou a receber o prêmio em nome do criador do Bitcoin caso o mesmo não compareça à cerimônia em dezembro de 2016 – no cenário hipotético, é claro, de que ele seja de fato o vencedor.