A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News irá encaminhar para a perícia da Polícia Federal a relação com os números das principais contas responsáveis por disparos em passa no WhatsApp durante as Eleições 2018.

A relação veio de uma análise das 400 mil linhas que foram banidas do aplicativo por uso irregular nas semanas que antecederam as eleições – sendo 55 mil delas suspeitas de serem operadas por robôs. Apesar do número alto, apenas 24 linhas respondiam pela maior parte das mensagens disparadas em massa.

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Os parlamentares querem identificar os responsáveis pelos disparos e intimá-los a prestar depoimentos. “Teremos que exigir a quebra de sigilo dessas contas, e em princípio isso spo pode ser feito com autorização da própria CPI. Com o fim do recesso e a volta dos trabalhos, poderemos colocar isso em votação”, explicou a relatora da comissão, a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), em entrevista à TV Câmara.

O levantamento foi feito a partir de documentos que o próprio WhatsApp enviou à comissão de inquérito, no fim do ano passado. As linhas telefônicas possuem números dos Estados Unidos, Vietnã, Inglaterra e Brasil, mas a checagem dos IPs usados para envio indicam que todas as mensagens foram disparadas do Brasil. Três desses números ainda possuem contas ativas na plataforma.

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As contas brasileiras possuem DDD de São Paulo, Santos (SP), Belo Horizonte, Florianópolis, Maceió e Caldas Novas (GO), e eram usadas a partir de duas localizações na capital paulista e em Manaus. O relatório ainda informa detalhes dos aparelhos que usaram as contas, como por exemplo que seis deles rodavam Android 4, e que todos usavam a mesma versão do WhatsApp.