Como o mercado da tecnologia reagiu às manifestações racistas nos EUA

Redação14/08/2017 16h46, atualizada em 14/08/2017 17h02

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O último fim de semana foi um momento conturbado na história recente dos Estados Unidos. A cidade de Charlottesville, no estado da Virgínia, viu suas ruas serem tomadas por defensores da supremacia branca, nazistas e discursos de ódio que causaram conflitos violentos com opositores, deixando dezenas de feridos e até uma pessoa morta.

Como em outras situações delicadas, a indústria da tecnologia reagiu a esses movimentos, embora, desta vez, a resposta tenha sido bem mais tímida. Poucos porta-vozes de manifestaram sobre o assunto, sendo que a maioria permaneceu calada. O Twitter foi palco para a maior parte das manifestações de pesar pelo ocorrido.

“Cenas de partir o coração em Charlottesville. Violência e racismo não têm lugar na América”, escreveu Tim Cook, presidente da Apple, na rede social. “Nós já vimos o terror da supremacia branca e violência racista antes. Este é um problema moral, uma afronta à América. Nós todos temos que lutar contra isso”, acrescentou o executivo.

Nomes como Mark Zuckerberg (CEO e fundador do Facebook), Satya Nadella (presidente da Microsoft), Sundar Pichai (Google) e Bill Gates, por sua vez, não se manifestaram. Por outro lado, usuários de redes sociais se movimentaram para contra-atacar os racistas, como através da conta @YesYoureRacist, do Twitter, uma das principais fontes de engajamento durante os protestos.

A página começou a divulgar as identidades de participantes do protesto neonazista, através de denúncias anônimas ou não. Um dos manifestantes, identificado como Cole White, trabalhava para uma fornecedora de internet via satélite dos EUA, a Top Dog LLC, que disse que o manifestante havia perdido o emprego após a divulgação feita pela página @YesYoureRacist.

Poucas foram as reações institucionais de empresas de tecnologia, mas a principal delas veio da Airbnb, que conecta proprietários de imóveis de aluguel temporário por aplicativo. A companhia começou a avaliar, um por um, os usuários interessados em hospedagem na região de Charlottesville durante o período da marcha racista. Todos que foram identificados como supremacistas tiveram suas contas excluídas, como a empresa confirmou ao site norte-americano Gizmodo.

Já a GoDaddy, empresa que fornece hospedagem para páginas da web, expulsou os administradores do site The Daily Stormer, usado para compartilhar propaganda de ódio e outros conteúdos de cunho nazista. A página recebeu um alerta para buscar outra hospedagem em até 24 horas, por ter violado os termos de uso do serviço. Logo em seguida, o Daily Stormer passou a usar os servidores do Google, mas também acabou expulso de lá.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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