Em setembro de 2018 Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, acendeu um cigarro de maconha durante uma participação no podcast do comediante e comentarista esportivo Joe Rogan. Em teoria isso não seria um problema: Musk é maior de idade e a maconha é legalizada na Califórnia, onde o programa foi gravado. O problema é que como a SpaceX tem contratos com a Nasa, Musk é tecnicamente um prestador de serviços para o governo federal dos Estados Unidos, que tem uma rígida política anti-drogas.

Como resultado da tragada a Nasa conduziu uma “análise do ambiente de trabalho” da SpaceX, para se certificar de que a empresa e seus funcionários “estão seguindo rígidas regras que proíbem prestadores de serviço do governo federal de usar drogas”. Mas segundo o site Politico, quem arcou com a conta foi o contribuinte norte-americano, já que a Nasa pagou à SpaceX US$ 5 milhões para cobrir os custos da análise.

O que chama a atenção é que a Nasa decidiu analisar também outra de suas prestadoras de serviço, a Boeing, que passou pelos mesmos procedimentos que a SpaceX. E os custos desta análise foram pagos pela própria Boeing, sem que a Nasa tivesse de desembolsar um centavo.

Ou seja, ao que parece, a SpaceX quebrou uma regra de seu contrato com o governo dos EUA, e no final das contas foi compensada por isso, em vez de receber uma punição. A Nasa afirma que é “prática padrão” uma empresa receber dinheiro adicional por trabalho que não constava em seu contrato inicial, como a análise do ambiente de trabalho da SpaceX. Mas não informou porque não pagou à Boeing.

Fonte: Politico