Embora o teletransporte humano exista apenas na ficção científica, isso já é possível no mundo subatômico. Um grupo de cientistas conseguiu realizar um teletransporte quântico usando elétrons individuais. Diferentemente do que vemos em filmes, o teletransporte não transporta matéria, e sim informação.

O teletransporte quântico (ou emaranhamento quântico) permite que as partículas se afetem, mesmo que não estejam fisicamente conectadas. Esse fenômeno já era previsto pelo famoso físico Albert Einstein.

Recentemente, cientistas mostraram que pares de fótons – partículas elementares sem massa – poderiam formar emaranhados de qubits (ou bits quânticos), a unidade básica de informação quântica. Essa descoberta sugeriu que esses qubits poderiam transmitir informações via teletransporte quântico.

A nova pesquisa, no entanto, marca a primeira vez que essa situação foi demonstrada usando elétrons individuais para formar qubits, em vez de fótons. “Nós fornecemos evidências para ‘troca de emaranhamento’, na qual criamos emaranhamento entre dois elétrons, mesmo que as partículas nunca interajam, e ‘teletransporte quântico de porta’, uma técnica potencialmente útil para computação quântica usando teletransporte”, explicou John Nichol, professor assistente de física da Universidade de Rochester e coautor da pesquisa publicada na Nature Communications nesta semana, em comunicado. “Nosso trabalho mostra que isso pode ser feito mesmo sem fótons”.

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Nova pesquisa foi a primeira que demonstrou teletransporte com elétrons. Imagem: Reprodução

Permitir que os elétrons utilizem interações quantum-mecânicas a distância, sem interagirem entre si, pode revolucionar o desenvolvimento de computadores quânticos. Isso porque os semicondutores dentro dos computadores convencionais usam elétrons para transmitir informações.

“Elétrons individuais são qubits promissores porque interagem muito facilmente entre si, e qubits de elétrons individuais em semicondutores também são escaláveis”, diz Nichol.

No entanto, passar essas informações por longas distâncias ainda é um grande problema. “A criação confiável de interações de longa distância entre elétrons é essencial para a computação quântica”, concluiu o pesquisador.

Via: Futurism