Cientistas russos estão prontos para clonar um cavalo de 42 mil anos. O potro, quase completamente preservado, foi encontrado na Cratera Batagaika, no leste da Sibéria. Na autópsia, constatou-se que o animal ainda tinha sangue líquido dentro de seu coração. Normalmente, o sangue coagula ou torna-se pó com o passar do tempo, mas o congelamento evitou que isso ocorresse.
Encontrado por moradores locais, o fóssil foi escavado por cientistas da Rússia e do Japão e levado ao Museu do Mamute, na Universidade Federal do Nordeste (NEFU), em Yakutsk. De acordo com o diretor do museu, Semyon Grigoryev, esse é o primeiro fóssil de um cavalo pré-histórico tão jovem e tão bem preservado.
A descoberta de sangue e urina líquidos é ainda mais rara. Grigoryev disse em entrevista à CNN que ele conhecia apenas um único caso no qual sangue líquido foi encontrado. Trata-se de um fóssil congelado de um mamute adulto, descoberto por ele e sua equipe em maio de 2013, na costa nordeste da Rússia.
O potro tinha entre dois e três meses quando morreu, provavelmente afogado em lama, que depois se transformou no permafrost, um tipo de solo formado por terra, gelo e rochas, permanentemente congelado. Agora, a esperança dos pesquisadores é conseguir clonar um animal já extinto.
O permafrost é uma grande fonte de fósseis, que podem ensinar mais sobre a vida na Era do Gelo. Recentemente, cientistas encontraram um filhote de leão tão jovem que ainda não possuía dentes, congelado e em perfeito estado.
Além do potro, a expedição retornou também com um esqueleto de mamute completo. Por enquanto, não há previsão de quando os pesquisadores tentarão clonar o animal, mas espera-se que isso ocorra em um futuro próximo. Grigoryev, contudo, acha a clonagem improvável, devido ao fato de que as células sanguíneas (hemácias) não possuem núcleo com DNA.
Segundo os estudiosos, o animal é um Cavalo de Lena (Equus lenensis), que vivia na região há cerca de 30 a 40 mil anos. O potro será exibido no Japão, de junho a setembro de 2020, como parte da exposição sobre os mamutes.
Via: EngenhariaÉ