Cidades dos EUA se juntam para saber o que fazer com os patinetes elétricos

A Open Mobility Foundation foi criada para que dados sejam coletados para entender as necessidades dos usuários que utilizam patinetes compartilhados na maior parte dos EUA
Luiz Nogueira25/06/2019 16h02, atualizada em 25/06/2019 20h04

20190502061216

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O transporte compartilhado de patinetes tem se tornado cada vez mais popular. Mas, como era de se esperar, diversos problemas também surgiram. Levando isso em consideração, diversas cidades dos EUA se juntaram para fundar a Open Mobility Foundation, que será responsável por descobrir o que fazer com todos esses dispositivos elétricos espalhados pelas ruas.

A lista de objetivos da fundação já é longa, e contém itens como melhorias de segurança, garantir a privacidade dos usuários dos patinetes, certificar-se de que os veículos estejam distribuídos de forma equitativa pelas cidades e garantir que não estejam bloqueando as calçadas.

Para ajudar nisso, o Departamento de Transportes de Los Angeles implementou uma ferramenta digital chamada de Mobility Data Specification (MDS), para auxiliar na administração de todas as empresas de patinetes e bicicletas que estão nas ruas. Esse sistema usa dados de localização para traçar planos para melhorar o uso desses equipamentos, como onde colocar ciclovias, fiscalizar se os usuários estão seguindo as regras de utilização e realizar ações de fiscalização em geral.

O MDS é um sucesso nas cidades em que foi implementado. Quem não gostou muito disso foram as empresas desses dispositivos, como o Uber, dona da Jump, empresa de bicicletas e patinetes elétricos. A empresa disse que isso levaria a “um nível de vigilância sem precedentes”, já que as companhias teriam todos as informações dos usuários, assim como seu trajeto detalhado.

Seleta Reynolds, criadora do MDS e gerente geral do Departamento de Transportes de Los Angeles, se defendeu, e disse que “vamos coletar a quantidade mínima de dados que precisamos, não vamos armazená-los por mais tempo do o necessário”.

Todo esse cuidado acabou se intensificando depois da cidade de Nashville ter banido completamente o uso de patinetes elétricos após a morte de um homem que estava usando o equipamento. O detalhe que mais chama a atenção é que ele estava alcoolizado, prática que é totalmente desaconselhada pelas empresas.

À medida que as cidades se organizam, as empresas de patinetes podem se ver sujeitas a mais regras e mais fiscalização. Isso pode ser um empecilho, especialmente para aqueles que acreditam que as soluções de mobilidade podem fazer com que as pessoas deixem os carros em casa.

Reynolds vê a MDS e a Open Mobility Foundation como uma oportunidade para as cidades compartilharem as melhores práticas. Mas ela garante que também ouve o que as empresas de mobilidade têm a dizer em relação as suas preocupações.

Via: The Verge

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital