China nega controle sobre dados de usuários da ‘criptomoeda’ nacional

Autoridades desmentem as denúncias e explicam que a moeda digital terá um equilíbrio entre o 'anonimato controlável' e o combate contra crimes
Redação12/11/2019 20h36, atualizada em 13/11/2019 00h40

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A China será, em breve, o primeiro país a lançar uma moeda digital doméstica. No entanto, ao que tudo indica, a iniciativa não será concretizada de forma muito tranquila. Nesta terça-feira (12), uma autoridade do banco central chinês teve que vir a público explicar que a ‘criptomoeda’ nacional não é um plano mirabolante para obter controle total das informações do público em geral.

O chefe da instituição financeira ainda ressaltou que a intenção é equilibrar as preocupações com a privacidade e a necessidade de informação das autoridades. “Sabemos que a demanda do público em geral é manter o anonimato usando papel-moeda e moedas… daremos o anonimato às pessoas que o exigirem em suas transações”, disse Mu Changchun, chefe do instituto de pesquisa de moeda digital do Banco Popular da China, em uma conferência em Singapura.

Semelhante à Libra, proposta pelo Facebook, e outras criptomoedas, o Pagamento Eletrônico em Moeda Digital (nome oficial) será alimentado parcialmente por blockchain e espalhado pelas carteiras digitais. “Mas, ao mesmo tempo, manteremos o equilíbrio entre o ‘anonimato controlável’ e a lavagem de dinheiro, o CTF (medida contra o financiamento do terrorismo) e também questões tributárias, jogos online e qualquer atividade criminosa eletrônica”, acrescentou Changchun.

A moeda digital está sendo observada de perto pela indústria global de serviços financeiros. A denúncia de que a criptomoeda forneceria às autoridades Pequim uma supervisão sem precedentes sobre os fluxos de dinheiro certamente contribui para uma desconfiança ainda maior. Ainda não se sabe ao certo quando a criptomoeda será lançada.

Fonte: Reuters

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital