Nesta terça-feira (20), a China declarou que tem o direito de divulgar opiniões, após Twitter e Facebook denunciarem campanhas originadas no país que tentavam minar os protestos em Hong Kong.
O território controlado pela China enfrenta uma série de manifestações populares desde o dia 9 de junho, quando o governo apresentou um projeto de lei autorizando a extradição de cidadãos de Hong Kong para a China continental.
Segundo o Twitter, 936 contas ligadas ao Partido Comunista da China foram excluídas por tentar “semear discordância política em Hong Kong, incluindo minar a legitimidade e as posições políticas dos protestos”, na “operação de informação apoiada por um Estado”.
O Facebook informou que removeu contas e páginas de uma pequena rede depois de um aviso do Twitter. A plataforma disse ainda que uma investigação encontrou ligações das contas com indivíduos associados ao governo chinês.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, recusou a comentar diretamente as ações das redes sociais, mas defendeu o direito da população e mídia chinesa de expor suas opiniões sobre os protestos.
Chineses que vivem fora do país e estudantes “naturalmente têm o direito de expressar seu ponto de vista”, disse ele em uma entrevista.
O Twitter e Facebook são bloqueados na China, mas são de livre acesso em Hong Kong, onde protestos mergulharam o território controlado pela China em sua mais séria crise em décadas.
Fonte: G1