Este ano, o carnaval de rua de São Paulo vai contar com o uso de reconhecimento facial para identificar suspeitos de crimes e pessoas foragidas e desaparecidas. Essa é a primeira vez que a cidade receberá a tecnologia durante o evento como parte da Operação Carnaval Mais Seguro, anunciada pelo governador João Doria (PSDB) nesta sexta-feira (14).

A estimativa da Prefeitura de São Paulo é que cerca de 15 milhões de foliões acompanhem o carnaval da cidade, superando os 14 milhões que compareceram no ano passado. No total, serão 678 blocos, 188 a mais que 2019, o que explica o aumento do público.

“Nós teremos câmera com condições de captar imagens instantâneas. E temos uma base de dados em boas condições de analisar as imagens que chegam ao laboratório”, afirmou o general João Camilo Pires de Campos, secretário da Segurança Pública de São Paulo.

Para efetivar a operação, 50 drones sobrevoarão os principais trajetos percorridos pelos blocos para transmitir imagens em tempo real, as quais também ficarão gravadas para uso posterior da polícia se necessário.

“Os drones serão os grandes agentes propulsores da fiscalização eletrônica. Eles têm a capacidade de fazer a identificação facial remetendo isso ao centro de identificação facial da Polícia Civil. E em menos de cinco segundos a identificação é feita. Isso serve de sobreaviso àqueles que imaginam que poderão ir ao carnaval com o objetivo de furtar e organizar algum tipo de ilicitude. Eles terão grande chance de serem pegos e presos”, disse Doria.

Além da parte tecnológica, o carnaval de São Paulo contará com mais de 150 mil policiais, sendo 15 mil por dia nas ruas da cidade – 25% a mais que no ano passado –, 12 helicópteros e sete Delegacias de Defesa da Mulher que funcionarão 24 horas por dia.

Segundo Doria, a concentração de policiamento na capital paulista para o carnaval não prejudicará as demais cidades que não tiverem comemorações.

Via: Uol