A inteligência artificial pode eliminar muitos empregos no futuro, mas pelo menos por enquanto o trabalho de cinegrafista está a salvo. A prova disso veio da Escócia, quando um time optou por transmitir o jogo utilizando apenas uma câmera controlada pela IA e acabou focando toda a transmissão na cabeça calva do assistente de arbitragem na lateral do campo.

O time Inverness Caledonian Thistle FC havia apostado em uma tecnologia chamada Pixellot, que usa “câmeras com inteligência artificial integrada para rastreamento da bola”. Com isso, o clube poderia transmitir os jogos para todos os assinantes de seu plano de sócio-torcedor, já que eles não podem frequentar estádios durante a pandemia de Covid-19.

O que eles não esperavam é que a tecnologia confundiria a bola branca com o cocuruto descampado do bandeirinha. Assim, frequentemente a câmera se desligava do que acontecia no jogo para focar na cabeça do auxiliar durante o jogo realizado durante o fim de semana passado.

Não é surpresa que o público, como relata o site IFLScience, ficou incomodado com a “inovação” na transmissão. Alguns chegaram a sugerir, pelas redes sociais, que o auxiliar utilizasse uma peruca ou algum acessório para cobrir sua cabeça durante o jogo, mas não foi possível, e sua cabeça continuou parte integral da transmissão até o fim.

Haveria três possibilidades para solucionar o problema sem adotar um cinegrafista humano: trocar ou ajustar a inteligência artificial para que isso não se repita; trocar a cor da bola, que também passaria por um ajuste de algoritmo e provavelmente não seria possível dentro do regulamento da competição, ou pedir ao assistente para cobrir sua cabeça com algum acessório.