O câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos de neoplastia no Brasil. De acordo com levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano surgem cerca de 180 mil novos casos no país. Com estes dados em mente, um grupo de pesquisadores desenvolveu um sistema com inteligência artificial que pode detectar a doença por meio de câmeras semelhantes às presentes em smartphones modernos. 

O projeto foi iniciado em 2009 pelo Instituto de Informática da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em conjunto com o IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), e possui colaboração de universidades e empresas estrangeiras. O procedimento para identificar a possível doença é simples. Basta o paciente tirar uma foto – usando qualquer câmera, até mesmo de alguns celulares – e enviar a imagem, que será analisada e processada para identificar lesões na pele.

“O sistema tem mais de 90% de chance de detectar o câncer. O equipamento poderá ser utilizado por profissionais de saúde e dermatologistas não treinados em dermatoscopia, o que também faz diferença, pois o dermatoscópio é um equipamento especializado utilizado apenas por profissionais treinados”, explicou o professor e coordenador do projeto, Jacob Scharcanski. 

O produto ainda não será produzido em escala comercial, mas já que a IEEE tem como foco o avanço da tecnologia em benefício da humanidade, é provável que ele possa estar nas mãos de dermatologistas e profissionais da área em breve. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) descreve em seu site os sintomas do câncer de pele e indica a metodologia recomendada para as pessoas identificarem as anomalias no corpo. 

 

Vias: Fórum da Saúde/Revista O Conterrâneo