O Brasil está entre os países que mais consomem pirataria em todo o mundo, segundo o relatório anual divulgado pela Muso, uma empresa britânica especializada em pirataria digital. Os dados mostram que a pirataria global aumentou 1,6% ao longo de 2017, sendo que foram identificados 300,2 bilhões de visitas a sites de pirataria em música, TV e cinema, publicações e software.

Os Estados Unidos lideraram a lista de países que mais visitaram sites de pirataria, totalizando 27,9 bilhões. Em seguida está a Rússia, com 20,6 bilhões de acessos; Índia, com 17 bilhões; Brasil, com 12,7 bilhões; e Turquia, com 11,9 bilhões. Além disso, completam o ranking Japão (10,6 bilhões), França (10,5 bilhões), Indonésia (10,4 bilhões), Alemanha (10,2 bilhões) e Reino Unido (9 bilhões).

Dos acessos globais, mais de um terço dessas visitas foram para sites de pirataria que hospedam conteúdo de televisão (106,9 bilhões), seguido por sites de música (73,9 bilhões) e filmes (53,2 bilhões).

As visitas a sites de pirataria de conteúdo de televisão subiram 3,4% no último ano. A maioria das visitas foi realizada através de sites de streaming (96,1%), com acesso através de dispositivos móveis (51,92%). No final de 2017, a pirataria televisiva baseada em torrentes teve um ressurgimento, apesar de ainda ser responsável por apenas 5% de toda a pirataria de TV.

Por outro lado, o uso de sites de pirataria para acessar filmes diminuiu em 2,3% em 2017. Os usuários utilizaram, principalmente, sites de streaming para acessar conteúdo, com 32,4 bilhões de visitas, em comparação a 10,3 bilhões de visitas através de sites de torrent e 10,1 bilhões de acessos a sites de download. 

Já no setor de músicas, acesso a sites de pirataria para música aumentou 14,7% em relação a 2016, totalizando 73,9 bilhões de visitas. Os dispositivos móveis superam os desktops quando se trata dos dispositivos usados ​​para acessar músicas pirateadas: 87,13% das visitas é feito por meio de dispositivos móveis, em comparação com apenas 12,87% dos desktops.