Milhares de usuários ao redor do mundo usam assistentes pessoais para acompanhar notícias, controlar dispositivos domésticos inteligentes e até gerenciar contas bancárias. Entretanto, essa facilidade oferecida por esses aparelhos tem um preço. Uma pesquisa realizada na Clemson University nos Estados Unidos descobriu que as ações do Google Assistant e habilidades da Amazon Alexa são problemáticas e violam as próprias políticas de privacidade

 

Assistentes do Google e Amazon tem ajudado usuários a deixarem suas casas mais conectadas, mas possuem falhas em privacidade. Créditos: Unsplash/Reprodução.


Alexa viola legislações norte-americanas

Os pesquisadores fizeram uma raspagem de dados no conteúdo das habilidades e ações dos assistentes, e realizaram uma análise para saber se as práticas ditas nas políticas de privacidade dos serviços estavam sendo cumpridas. 

Ao todo, 64.720 habilidades exclusivas da Alexa e 2.201 ações do Google Assistant foram analisadas. Na pesquisa, cientistas tentaram identificar habilidades e ações que não descreviam sobre coleta de dados ou que possuíam políticas incompletas. 

O resultado surpreendeu, eles relataram que 46.768 (72%) das habilidades da Alexa e 234 (11%) das ações do Google Assistente possuem irregularidades quanto à coleta de dados. E apenas 10.124 habilidades da Alexa e 239 ações do Google Assistente estavam de acordo com políticas de privacidade. 

Foram encontradas habilidades da Alexa que violavam legislações norte americanas, incluindo a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPA), a Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro de Saúde (HIPAA) e a Lei de Proteção à Privacidade Online da Califórnia (CalOPPA).

Para aumentar a segurança e a privacidade dos usuários, os pesquisadores sugerem aos desenvolvedores a implementação da leitura em voz alta das políticas de privacidade dos assistentes toda vez que uma habilidade ou nova ação fosse introduzida nos aparelhos. Com esse recurso, os usuários passariam a estar mais cientes sobre o uso dos seus dados pelas empresas.

 

 

Fonte: Venture Beat