Assassino de aluguel é preso graças a dados de GPS de seu smartwatch

Renato Santino18/01/2019 23h48

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Um caso de assassinato no Reino Unido foi resolvido após três anos de impasse quando a justiça conseguiu um aliado improvável: um smartwatch que foi usado pelo criminoso acabou revelando dados preciosíssimos para a investigação e contribuíram para a prisão e condenação do suspeito.

O condenado em questão é Mark Fellows, conhecido também pelo apelido de “Iceman”. Ele já era suspeito de estar envolvido no assassinato de Paul Massey e John Kinsella, dois membros de gangues na cidade de Salford, no Reino Unido. No entanto, as provas concretas só vieram com a apreensão do smartwatch.

A história começa em 2015, quando Massey foi assassinado; o caso nunca foi resolvido até três anos no futuro, quando chegou a vez de Kinsella ser executado. Foi nesta ocasião que a polícia conseguiu vasculhar a residência de Iceman e encontrou um Garmin Forerunner, relógio inteligente com GPS usado para monitorar exercícios físicos.

Uma foto tirada na prova de corrida de 10 quilômetros de Manchester que mostrava Fellows com o relógio no punho dois meses antes da morte de Paul Massey. Quando as autoridades foram analisar os dados de geolocalização coletados pelo GPS do relógio, foi constatado que Iceman visitou as proximidades da casa de Massey dias antes do assassinato, o que parece ter sido uma missão de reconhecimento.

Os dados mostram não apenas a localização, mas também a velocidade em que Fellows se deslocava. As informações iniciais mostravam que ele andava a cerca de 20 km/h, o que sugere que ele estava sobre uma bicicleta. Ao se aproximar, ele passou a andar a 12 km/h, o que é mais consistente com uma caminhada, até que ele parou por cerca de oito minutos. A investigação aponta que essa foi a rota de fuga do criminoso após o assassinato de Paul Massey.

A justiça acredita que Mark Fellows tenha recebido 10 mil libras esterlinas (cerca de R$ 50 mil na cotação atual) pela execução de Massey. Ele foi condenado à prisão perpétua pelo crime.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital