Segundo um estudo realizado por pesquisadores do Canadá e Estados Unidos, as mudanças climáticas e os furacões podem fazer com que colônias de aranhas se tornem mais agressivas com o tempo.

A ideia da pesquisa é determinar quais os efeitos das mudanças climáticas nos animais atingidos por elas. O estudo teve como foco as aranhas da espécie Anelosimus Studiosus, que vivem em colônias ao longo de rios e córregos na costa atlântica da América do Norte.

Para determinar os locais onde a pesquisa seria feita, os pesquisadores acompanharam previsões meteorológicas e viajaram até lugares onde estava prevista a passagem de furações. Antes da tempestade, eles registraram o comportamento das aranhas e de suas colônias.

Após o furacão, eles retornavam para o local para verificar quais sobreviveram e como era seu comportamento. Eles determinaram o nível de agressividade de acordo com o número de espécimes que reagiam a estímulos vibratórios em suas teias. Foram usados pedaços de papel e escovas elétricas para este teste.

Os resultados dos testes revelaram que as colônias que sobreviveram ao furacão se tornaram mais agressivas e produziram mais ovos ao longo desse período. Em locais que não foram atingidos por nenhum fenômeno da natureza, as aranhas continuavam pacíficas e não apresentavam nenhum comportamento diferente.

Em relação ao motivo de as aranhas se tornarem mais agressivas, os pesquisadores apontaram alguns possíveis motivos. Dentre as possibilidades está a possibilidade de que haja menos presas após o fenômeno, ou talvez o furacão mate algumas das mães e force a espécie a sobreviver com menos cuidado maternal.

Para simplificar, o estudo mostrou que as mudanças climáticas que geram tempestades podem fazer com que aranhas – e possivelmente outros animais – se tornem mais agressivas e se reproduzam de forma mais rápida devido a diversos fatores. Ou seja, quanto mais tempestades, mais aranhas.

Via: Gizmodo