O serviço de vídeo por streaming Apple TV+ se une ao grupo antipirataria Alliance for Creativity Entertainment (ACE, na sigla em inglês). A Apple entra como membro do corpo diretivo e se junta aos serviços de empresas como Amazon, Netflix, NBCUniversal, Paramount, Disney, BBC, Grupo Globo, Sony Pictures e Warner Bros.

A aliança criada em 2017 começou com pelo menos 30 empresas globais de entretenimento. A iniciativa visa reunir recursos para combater o aumento de serviços ilegais de streaming e provedores não licenciados. A ideia é reunir os principais nomes do mercado para que, juntos, possam combater a pirataria na internet.

A ACE deu boas-vindas ao Apple TV+ como o “mais novo membro que fará parte de seu conselho administrativo”. “A adição do serviço de streaming da Apple fortalece ainda mais a abordagem coletiva da ACE para combater um ecossistema de pirataria que prejudica os criadores”, cita em comunicado.

O corpo diretivo da coalizão é composto pelas empresas que participam desde o início da fundação. A Apple, com o seu serviço Apple TV+, é a primeira a ocupar um cargo do tipo que entrou depois. Inicialmente, o plano era incluir apenas nove membros nessas posições. A Apple, então, é a nona nomeação – a ACE não informou se mais membros poderão ser acrescentados no futuro.

O que fará a Apple na ACE?

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Alliance for Creativity and Entertainment visa proteger direito de artistas e criadores. Imagem: ACE/Reprodução

De acordo com um documento obtido pelo site TorrentFreak por uma fonte interna do grupo, os membros de fundação devem se reunir ao menos quatro vezes por ano. Cada empresa precisa nomear um executivo sênior como representante, embora o Apple TV+ não tenha divulgado qual foi o nome escolhido.

Agora que faz parte da ACE, a Apple poderá participar de votações de iniciativas e políticas públicas, estratégias antipirataria, questões orçamentárias, aprovação de novos membros e outros. Ainda no documento, é citado que cada membro do corpo diretivo deve contribuir com US$ 5 milhões por ano.

O Apple TV+ foi lançado em novembro de 2019, depois da criação da coalizão. O serviço está disponível no Brasil por R$ 9,90 mensais.

Ainda sobre pirataria de conteúdo, gravadoras e distribuidoras de música entraram com um pedido de liminar contra a Apple por causa de aplicativos que permitem piratear músicas e estão disponíveis na App Store. Esse caso aconteceu na Rússia e, de acordo com a lei local, exige que a companhia remova os apps da loja.

Fonte: TorrentFreak