A Apple pode estar prestes a entrar no ramo de cartões de crédito, segundo reportagem do The Wall Street Journal. Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que a empresa está preparando uma parceria com o banco de investimentos Goldman Sachs para lançar seu próprio cartão com a marca Apple Pay já no começo do ano que vem – e conversas similares acontecem no Brasil, com o Itaú, segundo nota do MacMagazine.
No exterior, o acordo deve substituir o que a empresa tem com a Barclays. O banco britânico oferece hoje, a clientes com um cartão de crédito Barclaycard, o programa de recompensas Apple Rewards e também financiamento com condições especiais para produtos Apple. Os detalhes da parceria com o Goldman Sachs ainda são escassos, mas a reportagem do jornal diz que o banco poderá oferecer crédito a clientes da Apple em plena loja da marca.
A ideia para o Brasil, de acordo com o MacMagazine, é similar ao que já acontece lá fora. Ou seja, clientes com um cartão poderão receber condições especiais de financiamento na compra de produtos Apple, entre outros benefícios. Contatado pelo Olhar Digital, o banco não comentou a notícia até a publicação.
Para a empresa de tecnologia, uma parceria assim pode ajudar a impulsionar seu próprio serviço de pagamento. O Apple Pay ainda não decolou, mas um cartão de crédito carregando a marca pode dar o empurrão necessário na receita gerada, ao menos nos EUA. Não se sabe exatamente quanto a carteira digital rende à empresa, mas, no primeiro trimestre de 2018, o setor de serviços da marca deu 9,2 bilhões de dólares em receita. Esse valor pode crescer ainda mais com a parceria, já que cada cartão emitido deve dar uma quantia em dinheiro à Apple.
Já para o banco, o acordo é uma chance de expandir seu serviço de crédito pessoal, o Marcus, no setor do varejo. O Goldman Sachs registrou resultados ruins em trading (compra e venda de ações e títulos) no final de 2017 e, ainda que tenha se recuperados no primeiro trimestre de 2018, pode ter na parceria um impulso de receita em outra área.