Desde o iPhone 5, a Apple adotou o conector Lightning como seu conector padrão em dispositivos móveis. O iPad também adotou o formato que resistiu bem por seis anos, mas finalmente começou a ser substituído por uma porta USB-C convencional, como evidenciado nos novos iPads Pro anunciados pela Apple nesta terça-feira, 30.
O USB-C, para quem não sabe, é o conector que se tornou padrão entre os celulares Android tops de linha e intermediários nos últimos anos; apenas aparelhos muito básicos ainda não utilizam o formato. Da mesma forma, a entrada também já está presente em boa parte dos notebooks mais avançados e intermediários.
A justificativa da Apple para a transição é de que o iPad Pro é basicamente um computador, indo muito além de um tablet convencional. Diante dessa situação, é necessário ter um pouco mais de versatilidade do que o conector Lightning convencional pode oferecer, e o USB-C é o conector mais versátil que temos nos dias atuais.
Além do USB-C ser capaz de fazer tudo que o Lightning faz, ele possui outras capacidades. Por exemplo: é possível conectar um monitor externo ao iPad e usar inúmeros acessórios que normalmente só são compatíveis com PCs, como adaptadores de cabos Ethernet, leitores de cartão SD e tantos outros.
Uma outra característica importante do USB-C é que ele é um conector reversível. O que isso significa? Que da mesma forma que a entrada pode ser usada para carregar a bateria o iPad, ela também pode ser usada para extrair energia do iPad para carregar algum outro dispositivo. Com o cabo correto, será possível usar o iPad Pro como uma bateria portátil (caríssima) para abastecer um iPhone (e provavelmente outros aparelhos) em uma situação de emergência.
Mais importante do que observar o que o iPad será capaz de fazer com o USB-C é imaginar o que isso significa para o futuro da Apple. O iPhone pode ser o próximo? Não seria uma surpresa, mas certamente desagradaria boa parte do público, que já está investido em um ecossistema inteiro de acessórios Lightning. É aguardar para ver.