Apple altera diretrizes para pagamentos dentro de aplicativos

Agora, algumas categorias não precisam utilizar o sistema de pagamento oferecido pela empresa, que cobra 30% sobre cada transação feita
Luiz Nogueira11/09/2020 20h10

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Nesta sexta-feira (11), a Apple publicou uma versão modificada de suas diretrizes de revisão de aplicativos. Com isso, houve o afrouxamento de algumas restrições sobre alguns serviços de streaming, aulas online e na utilização de sistemas de compra dentro do aplicativo – que cobra 30% de comissão por venda. A decisão de realizar mudanças ocorreu após várias críticas sobre as práticas de cobrança da App Store.

Algumas das mudanças preveem que aulas virtuais individuais podem ser compradas fora do sistema de pagamento da Apple – embora eventos para grupos ainda devam utilizar o serviço. Além disso, agora é possível que aplicativos tenham catálogos de venda próprios. No entanto, ainda será necessário usar a ferramenta da empresa para receber valores.

Reprodução

Mudanças nas diretrizes foram reveladas pela Apple nesta sexta-feira (11). Foto: Forthis/ Shutterstock

Bancos de dados profissionais não precisarão mais utilizar o serviço de pagamento fornecido pela empresa. Porém, isso vale apenas para negócios fechados com organizações. O sistema continua sendo obrigatório para vendas individuais ou para famílias.

Por fim, a Apple declara que os aplicativos gratuitos, como serviços de e-mail, podem fornecer compras de pacotes de utilização – como armazenamento extra – sem utilizar o sistema de pagamentos. No entanto, isso só pode ocorrer se a transação não for ofertada dentro do sistema – ela deve acontecer em um ambiente externo.

Epic Games X App Store

A Epic Games, desenvolvedora do ‘Fortnite‘, anunciou no sábado (5) ter solicitado à justiça o retorno do jogo à App Store. O game foi banido em agosto após a empresa ter violado as regras da loja.

A empresa, que removeu outros títulos da loja de apps da Maçã, já tinha se movimentado judicialmente e vencido, quando autoridades legais americanas decidiram que a Apple não poderia banir todos os games que utilizam a “Unreal Engine” de sua plataforma.

“Hoje, nós solicitamos que a corte pare a retaliação da Apple contra a Epic por ousar desafiar suas restrições ilegais, enquanto nosso processo ‘antitruste’ continua. Esse é um passo necessário para libertar consumidores e desenvolvedores do controle caro e anti-competitivo da Apple”, declarou a companhia no Twitter.

Nos documentos do processo, o CEO da Epic, Tim Sweeney, afirmou que a empresa continuará discordando da Apple, enquanto a prática de intermediação continuar sendo aplicada, e que a desenvolvedora seguirá “chamando atenção para outras injustiças da indústria, como já fizemos no passado”.

Via: Reuters

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital