Na madrugada desta terça-feira, 5, a Nasa conseguiu um de seus feitos mais impressionantes ao colocar uma sonda na órbita de Júpiter, o maior planeta dentro do Sistema Solar, com um diâmetro mais de 11 vezes maior que o tamanho da Terra.
“Acabamos de fazer a coisa mais difícil que a Nasa já fez”, comemorou Rick Nybakken, o responsável pelo projeto Juno, pouco depois de a sonda completar a complicada manobra.
A Juno foi lançada da Terra em agosto de 2011 e viajou, por cinco anos, uma distância de 2,8 bilhões de quilômetros. Essa, porém, foi a parte mais fácil, porque muita coisa poderia dar errado durante o processo de estabilização na órbita de Júpiter.
A sonda efetuou uma série de manobras pré-programadas que a fizeram desacelerar no momento certo e da forma certa para que ela ficasse… no lugar certo. O New York Times listou coisas que poderiam ter causado problemas naquele momento, e essa lista continha a simples explosão da Juno, a possibilidade de que ela batesse em alguma coisa, falhas do computador, entre outras coisas. Aqui na Terra, a confirmação de que nada disso havia acontecido veio por meio de um sinal sonoro de apenas três segundos.
Agora a Juno fará duas voltas de 53 dias no entorno de Júpiter; depois disso ela conseguirá se ajustar para que essas voltas sejam realizadas em 14 dias, segundo explica a Folha de S.Paulo. No total, serão 37 jornadas em um período de dois anos. Em fevereiro de 2018, a sonda se jogará para dentro do seu objeto de estudo, mas ela terá enviado uma série de dados à Terra que ajudarão os cientistas a entender melhor o planeta.
A Juno está equipada com uma variedade de sensores, câmeras e outros instrumentos. Como ressalta o The Atlantic, a Nasa espera compreender coisas como a formação de Júpiter, quanta água ele contém e do que o planeta é feito.