A Apple anunciou nesta terça-feira, 29, números preocupantes: o faturamento caiu 5% no trimestre final de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017, o que se deve em grande parte a uma queda brusca nas vendas de iPhones, que desabaram em 15%. A empresa, no entanto, tem um plano para melhorar isso, que é reduzir preços dos smartphones fora dos Estados Unidos.
A empresa já havia revisado suas metas em dezembro para refletir uma expectativa de queda em seus números. Na época, uma das explicações para a baixa era a força do dólar, que fazia com que os produtos ficassem muito caros fora dos EUA. Isso foi especialmente problemático no mercado chinês, que sustentou o crescimento das vendas de iPhones nos últimos anos.
Com o resultado concreto em mãos, a Apple concluiu que as áreas onde as vendas foram mais fracas foram exatamente aquelas em que a flutuação do dólar foi mais pesada. Por isso a empresa optou por reavaliar preços nesses mercados para se ajustar melhor às realidades econômicas desses territórios.
Em entrevista à Reuters, Tim Cook detalhou um pouco mais a ideia. “Quando você olha para moedas estrangeiras e para os mercados que enfraqueceram ao longo do último ano, os aumentos foram obviamente maiores. Então ao chegarmos em janeiro e observamos as condições macroeconômicas em alguns desses mercados, decidimos chegar mais próximos do que os nossos preços locais eram um ano atrás com o objetivo de melhorar as vendas nessas regiões”, ele explica.
O Brasil certamente é um dos países onde o aumento do dólar afetou consideravelmente o preço do iPhone. No entanto, a Apple não divulgou a lista dos países que serão beneficiados com um corte de preço, nem de quanto será a redução nos mercados afetados mais duramente pela flutuação cambial, então não há como saber se estaremos na lista dos países que terão o preço reduzido, então é esperar para ver.