Um pesquisador da Universidade de Meiji, no Japão, criou um sintetizador de sabores – um equipamento que promete recriar artificialmente qualquer sabor, a partir de cinco gostos diferentes.

O Norimaki ainda é um protótipo, mas seu criador, Homei Miyashita, acredita que o dispositivo pode ser miniaturizado e carregado por aí, para permitir que o usuário possa, por exemplo, ter a sensação satisfatória de comer um pedaço de chocolate ou beber um milk-shake, sem ter que ingerir uma única caloria.

A língua capta cinco sabores diferentes: doce, azedo, salgado, amargo e o “umami”, descoberto em 1908 pelo químico japonês Ikeda Kikunae, e significa “gosto saboroso e agradável” em japonês. O “umami” desempenha um papel importante no nosso prazer pela comida, e pode ser encontrado naturalmente no glutamato monossódico. Como sabor é difícil de ser descrito, mas está presente em alimentos como peixes, crustáceos, espinafre, cogumelos, tomates e queijos, entre outros. 

O que o Korimaki faz é liberar um gel com uma substância que reproduz cada um desses sabores combinados para reproduzir um sabor único. A ideia é a mesma por trás dos monitores e telas dos celulares. A imagem que você está vendo agora é formada por pixels microscópicos compostos de elementos vermelhos, verdes e azuis que se combinam em intensidades variadas e formam uma nova cor. A abordagem de Miyashita faz o mesmo, mas com a língua.

Os materiais do Korimaki são feitos de feitos de glicina para criar o sabor doce, ácido cítrico para ácido, cloreto de sódio para salgado, cloreto de magnésio para amargo e sódio glutâmico para umami. Quando o dispositivo é pressionado contra a língua, o usuário experimenta todos os cinco gostos ao mesmo tempo, mas sabores específicos são criados misturando-os em quantidades e intensidades específicas, como os pixels na tela.

Nos testes, o Norimaki permitiu que os usuários experimentassem o sabor de tudo, desde balas de goma a sushi, sem ter que colocar um único item de comida na boca. O criador do aparelho espera que ele possa ser usado como hoje pessoas consomem cigarros eletrônicos – porém, com muito menos danos ao corpo e bem mais gostosos.

Via: Gizmodo