O grupo Anonymous publicou nesta terça-feira, 14, informações sobre o caso que envolveu o roubo de informações pessoais da primeira-dama, Marcela Temer. No último fim de semana, diversas publicações revelaram que o homem que teve acesso aos dados ameaçou jogar o nome do presidente Michel Temer “na lama” com o objetivo de prejudicar sua reputação.

Pouco depois de publicadas, as matérias foram retiradas do ar a pedido da Justiça, já que o processo que condenou o hacker corre sob sigilo. “Folha de S. Paulo e Globo foram censurados pelo Estado ao divulgarem troca de mensagens da primeira dama, Marcela Temer, com o suposto ‘hacker’ pelo WhatsApp. Não tem problema, nós divulgamos. A informação é pública”, diz o Anonymous, que publicou hoje imagens e a transcrição das conversas na web.

  

A troca de mensagens se dá entre a primeira-dama e Silvonei José de Jesus Souza, homem que exigiu R$ 300 mil para não vazar fotos íntimas e mensagens pessoais.

Vale notar que as informações publicadas pelo Anonymous não são fruto de nenhum ataque virtual. As imagens que o grupo hacker publicou são as mesmas divulgadas pelos jornais antes de serem censurados. O site The Intercept Brasil, que tem participação do jornalista Glenn Greenwald, responsável por explicitar o caso Snowden, também revelou as imagens, mesmo com risco de sofrer censura.

Entenda o caso

De acordo com a Justiça, Souza teria descoberto o número pessoal de Marcela ao comprar um CD pirata que armazenava dados de diversas pessoas públicas e anônimas. O hacker, então, clonou o WhatsApp da primeira-dama e, passando-se por ela, pediu R$ 150 mil ao irmão de Marcela para uma suposta pintura. Depois disso, o hacker iniciou a chantagem contra Marcela. Ele foi preso e condenado a cinco anos de reclusão.