Amostra de DNA sugere que ‘Monstro do Lago Ness’ pode ser uma enguia

Segundo pesquisador, a grande quantidade do material não permite descartar a possibilidade de que hajam enguias gigantes no lago
Rafael Rigues06/09/2019 19h51, atualizada em 06/09/2019 19h56

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Há cerca de 1.500 anos a história do ‘Monstro do Lago Ness‘ (ou Nessie, como é chamado por alguns) fascina a humanidade. Seria uma criatura gigantesca que habita o Lago Ness, na Escócia, com um pescoço comprido, cabeça pequena e uma ou mais ‘corcovas’ saindo da água.

Apesar da longevidade da lenda, nunca houve provas da existência de Nessie, mesmo após expedições que varreram o fundo do lado com sonares e o cercaram com câmeras. Várias teorias tentam expliicar as aparições: uma delas supõe que a criatura seria um Plessiosauro (um réptil marinho, extinto há milhares de anos). Para outros seria um Esturjão, peixe que pode chegar a mais de 5 metros de comprimento e 2 toneladas. Há até quem acredite que há um Tubarão da Groenlândia, que chega a medir mais de 6 metros de comprimento, perdido no lago.

Mas segundo Neil Gemmell, pesquisador da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, a resposta é outra. Sua equipe coletou e analisou amostras da água do lago em busca de restos de DNA, e relatou os resultados em uma entrevista à BBC. Nenhum de DNA de Plessiosauro (ou qualquer outro réptil), esturjões ou tubarões foi encontrado. Na verdade, o que encontraram foi muito DNA de enguias, que são comuns no lago.

Segundo Gemmell, ‘a grande quantidade de material não nos permite descartar a possibilidade de que hajam enguias gigantes no Lago Ness. Portanto, não podemos descartar a possibilidade de que os que as pessoas vêem e acreditam ser o Monstro do Lago Ness seja uma enguia gigante”. Ou então uma grande quantidade de enguias pequenas.

Com ou sem monstro, o lago continua sendo uma atração turística. E segundo Chris Taylor, da VisitScotland (organização que promove o turismo no país), a pesquisa não irá prejudicar o mistério, e o turismo, da região: “os resultados irão fornecer uma nova perspectiva sobre o ecossistema, mas questões ainda permanecerão em aberto e os visitantes, sem dúvida, continuarão sendo atraídos ao lago para procurar as respostas por conta própria”.

Fonte: BBC

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital