Surgiram nesta semana mais informações sobre o agressivo plano de expansão da Amazon no Brasil. A gigante norte-americana negocia com a companhia aérea Azul uma parceria para entregar eletrônicos e outros produtos sob venda direta para os quatro cantos do país.

A informação é da agência de notícias Reuters, e não foi confirmada pela Azul e nem pela Amazon. No entanto, fontes garantiram à reportagem da Reuters que as negociações estão em andamento, embora não tenham confirmado quão avançadas elas estão.

A Azul é uma das companhias aéreas com maior cobertura nacional, incluindo uma rede de 100 aeroportos à sua disposição. O serviço de entrega de carga da empresa, o Azul Cargo Express, atende a mais de 3.200 municípios em todo o país.

Além disso, a central de distribuição da Azul, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), fica a 45 minutos de distância de um complexo de galpões que a mesma Reuters diz estar na mira da Amazon para armazenar seus produtos por venda direta.

Recentemente, uma reportagem revelou que a matriz da Amazon investiu R$ 97,5 milhões na filial brasileira em 2018. Além disso, a mesma Reuters descobriu que a Amazon se encontrou com fabricantes de diversos produtos para anunciar que vai começar a vender diretamente, sem intermediários.

A Amazon, que recentemente ultrapassou o Google em valor de mercado pela primeira vez, está no Brasil desde 2012, mas só vende diretamente livros, quadrinhos e alguns eletrônicos próprios, como o reprodutor de mídia Fire TV Stick e o e-reader Kindle.

Desde 2017, a Amazon vende outros tipos de produtos como intermediária, conectando clientes às lojas vendedoras através do modelo de marketplace. Tudo indica, porém, que não vai demorar até que a empresa comece a vender esses produtos por conta própria.